Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Luz, Ricardo Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11675
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Resumo: |
A morte celular programada, reconhecida através do quadro morfológico de apoptose, é um mecanismo central de regulação de populações celulares em animais multicelulares, que, no sistema imunológico, permite a resolução dos processos inflamatórios, o controle fino da expansão clonal e a prevenção da auto-imunidade. O presente estudo se ocupa dos mecanismos pelos quais a apoptose é modulada por agentes externos, em dois diferentes tipos de granulócitos humanos, neutrófilos e eosinófilos, que compartilham uma origem comum na medula óssea, assim como muitas características morfológicas e funcionais, mas desempenham papéis diferentes na defesa do hospedeiro. Baseamo-nos em estudos experimentais sobre a regulação da apoptose em eosinófilos murinos em desenvolvimento, conduzidos pelo nosso grupo, assim como em estudos laboratoriais sobre a regulação de apoptose em granulócitos humanos, feitos por outros, para elaborar a hipótese de que os efeitos e interações observados em eosinófilos murinos durante o desenvolvimento poderiam ser reproduzidos com os mesmos agentes em neutrófilos humanos maduros, mas não em eosinófilos. Para testar a hipótese, avaliamos inicialmente, morfologicamente e por citometria de fluxo, após coloração com Anexina V e iodeto de propídio, os efeitos de: a) ácido retinóico all-trans (ATRA); b) dexametasona; c) ATRA e dexametasona. Populações de granulócitos purificadas do sangue de doadores sadios foram incubadas por até 20 h em meio de cultura, sem a adição de fatores promotores de sobrevida, nem de fatores promotores de apoptose, ou na presença de ATRA e dexametasona, isoladamente ou em associação. Neutrófilos e eosinófilos entraram em apoptose espontaneamente, de forma dependente da densidade, como descrito na literatura. ATRA foi um forte indutor de apoptose em neutrófilos, de forma dose-dependente. Em contraste, a dexametasona protegeu os neutrófilos da apoptose espontânea. Dexametasona também protegeu neutrófilos da apoptose induzida por ATRA. Estes dados confirmam que o estudo foi conduzido em condições comparáveis às de outros estudos, e revelam um efeito pró-apoptótico ainda não descrito para o ATRA em neutrófilos humanos, assim como uma interação inédita entre ATRA e dexametasona nesta linhagem de granulócitos. Em seguida, avaliamos os efeitos da indometacina, que potencia a produção de eosinófilos murinos em cultura. A indometacina revelou-se uma forte indutora de apoptose eu neutrófilos humanos, na ausência de outros fatores exógenos, um efeito igualmente ainda não descrito na literatura. Estas observações indicam que: a) embora neutrófilos humanos possam apresentar respostas ao ATRA e à dexametasona semelhantes às observadas durante o desenvolvimento de eosinófilos murinos, mas distintas das de eosinófilos humanos maduros, esta semelhança não se estende aos efeitos de outros agentes; b) as vias de sinalização iniciadas pelo ATRA e pela dexametasona em neutrófilos humanos maduros apresentam forte interação (cross-talk), cujo mecanismo precisa ser estabelecido; c) a indometacina pode apresentar, neste modelo, ações pró-apoptóticas distintas das descritas para outros agentes anti-inflamatórios não-esteroidais, como a aspirina e o salicilato de sódio |