Encruzilhadas geográficas: notas críticas sobre a compreensão do sujeito em geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Elias Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33831
Resumo: O tema desta pesquisa é o homem tomado como sujeito de seu próprio horizonte objetivo geográfico ou, mais precisamente, ela problematiza uma dimensão muito particular dos homens e mulheres de um modo geral: a que versa sobre o caráter criativo e transformador a propósito das condições objetivas de existência e principalmente de sua realidade geográfica. Trata-se, neste sentido, de reconhecer o sujeito não como uma “substância pensante” ou como uma entidade positiva idêntica a si mesmo, como se convencionou inferir a partir da doxa subjetivista predominante na teoria do conhecimento; senão como um fenômeno real e corporificado, isto é, uma evidência empírica expressa na experiência humana implicada dinamicamente na produção social do espaço, almejando com isso uma reavaliação do que se depreende por sujeito em geografia. Inúmeras possibilidades de desdobramento podem derivar desta reorientação ontológica acerca do sujeito. Interessa-nos, todavia, rediscutir apenas algumas contradições fundamentais no escopo do conhecimento geográfico, notadamente alguns imbróglios que derivam de (ou contribuem para) uma concepção equívoca de sujeito – o que estamos qualificando em tom metafórico como “encruzilhadas”. A começar pelo contraste entre teoria e prática enquanto forma de composição que, ao acolher alguns outros conteúdos (muitos dos quais ainda indiscerníveis ao olhar positivo e formal), estende-se tanto à irresoluta antinomia entre sujeito e objeto na teoria social e em particular na produção geográfica, quanto aos conflitos sociais concernentes à práxis corporificada dos mais variados gêneros de vida na atual conjuntura histórica.