Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Alessandra Teles Sirvinskas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36358
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Resumo: |
O projeto Ciências Sob Tendas da Universidade Federal Fluminense, apresenta-se como um centro de ciências itinerante, com o objetivo de levar exposições interativas até o público em espaços não formais de educação. O Ciências Sob Tendas trabalha com mediadores que, geralmente, são alunos de graduação e pós-graduação, voluntários e nem sempre sabem Língua Brasileira de Sinais. Além disso, devido às limitações orçamentárias, não há a possibilidade de contratar, regularmente, um intérprete de Libras. A política da inclusão (Lei nº 13.146/2015) preconiza que os ambientes culturais devem ter um formato acessível promovendo igualdade de oportunidade à pessoa com deficiência. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi o de promover e analisar a eficácia de uma estratégia de acessibilidade a indivíduos surdos para centro de ciências itinerantes. Para isso, realizamos registro, em vídeos e fotos, das atividades oferecidas pelo Ciências Sob Tendas , pesquisamos os sinais existentes das terminologias específicas da área científica, elaboramos vídeos guias em Língua Brasileira de Sinais e validamos os vídeos acessíveis com o público surdo. isponibilizamos o material em tablets acessível por QR Code nos eventos do Ciências Sob Tendas e analisamos a qualidade do material através de um questionário de avaliação elaborado no Google Forms. Por fim, realizamos um grupo focal por lembrança estimulada, com o objetivo de analisar se os vídeos em Língua Brasileira de Sinais estimularam a interatividade dos visitantes surdos. Como resultado identificamos uma escassez de sinais-termos investigados e uma falta de padronização daqueles que estão disponíveis e em uso. A avaliação do público surdo nos mostrou a importância de utilizar diferentes estratégias que facilitem a compreensão da explicação devido à escassez de sinais e porque há, na Língua Brasileira de Sinais, variações linguísticas e diferentes níveis de aquisição linguística. A partir das sugestões dos surdos e dos modelos de guias audiovisuais encontrados, definimos um padrão básico: filmagem com chroma key; vídeos com legendas; uso de caixa alta na legenda de palavras para as quais for feita a datilologia; imagens ilustrativas inseridas ao lado do intérprete ou intercalando a imagem e o intérprete; uso com abundância da descrição imagética e classificadores; uso de cores de fundo que favoreçam a visualização da interpretação pelo surdo e também pelo surdocego, sendo as mais aceitas a azul, a verde, a preta e a branca. Durante a aplicação presencial e da realização do grupo focal os dados revelaram boa aceitação dos vídeos guias. Os vídeos, junto às atividades lúdicas e interativas, contribuíram para estimular as formas de interatividade da divulgação científica: Hands-on, Minds-on, Hearts-on, Explainers-on e o Social-on. Verificamos que esta interatividade despertou o interesse, a curiosidade e contribuiu para a compreensão dos assuntos abordados. Concluímos que há necessidade de desenvolver unidade e troca entre os pesquisadores que desenvolvem e registram termos científicos para que haja maior padronização e um ambiente virtual de fácil busca desses termos. Concluímos também que esse modelo de vídeo guia acessível atingiu o objetivo de divulgar o conteúdo científico de forma clara, de estimular a participação e interação do público surdo nas atividades e, que a sua implementação em outros centros de ciência itinerante é uma estratégia de acessibilidade extremamente viável. |