Nas colinas onde o Nordeste garoa: narrativa, memórias e práticas de espaço na cidade de Garanhuns - Pernambuco (1937-1951)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Belo, José Eudes Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28324
Resumo: A dissertação objetiva analisar como se constituem as disputas de memórias e espaços na formação de discursos e representações sobre a cidade de Garanhuns/PE, entre os anos de 1937 e 1951, por meio do entrecruzamento de fontes variadas – periódicos, narrativas orais, atas do poder legislativo municipal e fotografias. Buscou-se problematizar as memórias construídas sobre a cidade e suas possíveis vocações, valorizando aspectos cotidianos ao discutir como os habitantes vivem e sentem o espaço citadino. Partiu-se da interface tempo e narrativa, proposta por Ricoeur (1994, 1997), e, também, da noção de espaço como “lugar praticado” de Certeau (1994) para refletir acerca das formas de apreensão das relações socioculturais que emergem na urbe em suas múltiplas faces. Analisou-se a forma pela qual os discursos e práticas (re)significam a vida nos espaços da cidade, no anseio de se discutir as narrativas pré-estabelecidas – “Suíça pernambucana”, “cidade das flores”, “cidade saudável”, “cidade dos colégios” “cidade religiosa” entre outras. A observação dessas narrativas propiciou a elaboração de questionamentos sobre as experiências, os desafios e perspectivas do viver na urbe no recorte temporal em estudo – relacionado aos momentos de modernização da cidade. Em meio às múltiplas memórias, nem sempre em convergência, foi possível compreender o espaço híbrido e compartilhado da urbe, de forma diferenciada pelos sujeitos históricos, na construção das diversas narrativas sobre Garanhuns.