Produção do espaço utópico na síndrome NIMBY: a disputa pelas raridades na Freguesia de Jacarepaguá (RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Hora, Paulo Eduardo Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33676
Resumo: A síndrome N.I.M.B.Y, do acrônimo “not-in-my-back-yard” (“Não no meu quintal”), é uma terminologia norte-americana para um fenômeno caracterizado pela influência de um grupo de interesse local, sobretudo moradores e proprietários, nas regras de uso e ocupação do solo. A atuação dessas organizações, por meio de campanhas e mecanismos de participação como audiências públicas, tem por objetivo afastar usos percebidos como indesejáveis e preservar raridades de suas respectivas vizinhanças. Esta pesquisa analisa a atuação da Associação de Moradores da Freguesia de Jacarepaguá (AMAF) em rejeição a transformações específicas do bairro, como: (1) conjuntos habitacionais; (2) torres residenciais (“espigões”); (3) novos shopping centers; (4) mudanças na lei de zoneamento, etc. Os materiais deste estudo de caso destacam o processo pelo qual nimbies contribuem na produção de um ambiente construído a partir de seus interesses, de modo a executar uma representação de espaço utópico na circunscrição da área que atuam, consolidando uma “zona de preservação” no espaço urbano. Em contrapartida, nas vizinhanças do entorno deste polígono, de legislação menos restritiva, opera uma dinâmica de “sacrifício”, com a alocação dos usos repelidos, associados a impactos ambientais ou interferências no valor do solo.