A verdadeira trincheira de luta do trabalhador: negociação coletiva entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a Nissan do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Maria Carolina Barcellos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28673
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo compreender sete anos de negociações coletivas (2014 a 2021) entre o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a empresa Nissan do Brasil. A partir da perspectiva das sociologias do trabalho e econômica, busquei identificar como as duas partes (sindicato e empresa) vêm negociando. Nesse sentido, chamo atenção para o comportamento dos agentes, se vêm conseguindo aprovar suas pautas e o tom assumido na mesa de negociação (se foi conflituoso ou consensual). Assim, através do método indutivo e comparativo, a fazer uso de fontes bibliográficas, documentos como Boletins Sindicais e Instrumentos Coletivos de Trabalho, me propus a identificar os aspectos quantitativos e qualitativos do conteúdo aprovado, se melhoraram ou pioraram as condições de trabalho negociadas. A questão da pesquisa era responder, a partir de uma série histórica, quais foram os saldos da negociação coletiva entre SINDMETAL SF e a Nissan, considerando as transformações que impactaram o mundo do Trabalho nos últimos anos. Nesse sentido, os dados apontam que a Nissan tem conseguido utilizá-la para o favorecimento de suas pautas e estratégias locais. Além do mais, identifiquei que o processo negocial tem assumido um tom cada vez menos conflituoso e que os agentes assumiram estratégias que convergem, em termos objetivos, ao não prolongamento em várias rodadas de negociação. Os resultados demonstram que, nesta relação, o sindicato não tem o seu poder de barganha acrescido. Pelo contrário, o período de crise refletiu no decréscimo das pautas sindicais aprovadas e na qualidade dos benefícios conquistados.