Interação entre a infecção natural por eimeria bateri e aflatoxicose induzida em codornas japonesas (coturnix japonica)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cardozo, Sergian Vianna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10804
Resumo: A Eimeriose é a principal parasitose na avicultura, causando graves prejuízos econômicos, principalmente devido a episódios de diarréia e mortes em animais jovens. Este trabalho teve como objetivos estudar as alterações macroscópicas e microscópicas, em codornas japonesas com infecção natural por Eimeria bateri e desafiadas com aflatoxina, além de acompanhar a dinâmica de eliminação dos oocistos ao longo do desenvolvimento da infecção, frente aos efeitos causados pela intoxicação por aflatoxina em codornas japonesas. Um total de 80 aves utilizadas no trabalho foi dividido aleatoriamente em quatro grupos experimentais, sendo cada grupo constituído por 20 aves. Os animais dos grupos I e III foram infectados naturalmente com oocistos de E. bateri, as codornas presentes nos grupos II e III foram intoxicadas com aflatoxina na dose de 0,04 mg/kg de peso vivo e o grupo IV (controle) foi constituído por animais livres de infecção por coccídios e intoxicação por aflatoxina. Nos dias 6, 11, 18 e 25 após a intoxicação, vinte aves foram eutanasiadas e necropsiadas por vez, sendo cinco de cada grupo experimental. O peso dos órgãos referentes à moela, fígado, bursa cloacal e coração das aves eutasiadas, foram relatados e expressos como percentagem de peso corporal das aves das quais foram retirados. Os oocistos eliminados pelas codornas foram isolados e identificados pela técnica de centrifugo-flutuação de “Sheater”, sendo posteriormente analisados os dados morfométricos e a dinâmica de eliminação destes oocistos nas fezes das aves. As alterações macroscópicas e microscópicas presentes nas vísceras das aves foram analisadas seguindo o procedimento técnico laboratorial de rotina. Apenas a espécie E. bateri foi encontrada e identificada parasitando as aves dos grupos I e III, sendo que os oocistos eliminados pelas aves do grupo III apresentaram pequenas alterações morfológicas em sua estrutura. Alterações macroscópicas foram observadas no fígado dos animais dos grupos II e III que apresentaram uma coloração amarelada e textura friável quando comparados aos do grupo controle. No coração foi observado um aumento de tamanho do órgão nas aves do grupo II. Após o procedimento de histotécnica foram observadas alterações microscópicas no fígado, coração e intestino delgado. As observadas no intestino delgado foram relacionadas ao desenvolvimento das formas endógenas de E. bateri neste órgão, caracterizadas em sua maioria por gamontes e gametócitos. Alterações histopatológicas no fígado foram observadas apenas nas aves intoxicadas com aflatoxina e necropsiadas no sexto dia após a intoxicação. Estas apresentaram vacuolização intracitoplasmática dos hepatócitos, congestão sinusoidal, de veia centro lobular e vasos do espaço porta e infiltrado inflamatório discreto, acompanhado de necrose periportal. No coração as lesões microscópicas foram associadas a intoxicação experimental e caracterizadas, principalmente, por edema celular e intersticial. Após análise do peso corpóreo (vivo e carcaça) e do peso relativo das vísceras das codornas estudadas nos diferentes dias de necropsia foi observada uma redução significativa no peso vivo e de carcaça e no peso relativo do fígado dos animais nos diferentes grupos experimentais estudados. Contudo o peso relativo do coração aumentou significativamente nas aves dos grupos II e III no 11º e 18º dias após a intoxicação. Além dos efeitos anatomopatológicos da aflatoxina nas vísceras das aves, foi constatado que esta toxina interfere na dinâmica de eliminação e na morfologia dos oocistos de E. bateri.