Memórias da diáspora africana: registros e (geo)grafias da presença preta em Niterói

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Ferreira, Simone Antunes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Niterói; Espaço Urbano; Memória; Diáspora Africana; Diáspora africana; Memória social; Mulher negra; Urban Space; Memory; Diaspora African
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28010

A diáspora africana no continente americano imprimiu no espaço suas relações sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas recriadas por e a partir de ações comunitárias agenciadas por pessoas pretas. A partir do século XIX, com a vinda da família real para o Brasil e a necessidade de aumento de mão de obra, o comércio e o tráfico de escravizados se intensificam, assim como o fluxo interno entre províncias e vilas. Nesse sentido, o espaço urbano se configurou a partir de arranjos espaciais que regulavam/viabilizavam (ou não) a circulação da população preta livre ou escravizada. O estudo é um esforço de resgatar as memórias da diáspora africana em Niterói, cidade criada no século XIX e capital do Rio de Janeiro até a metade do século XX. Para isso, o trabalho se concentrou em reunir documentos históricos oficiais, tais como anúncios de jornais, registros de atas e registros iconográficos com informações sobre a população preta, bem como bibliografias sobre os processos de formação da cidade. Apesar da importância da temática, Niterói quase não reconhece o passado escravista da cidade. Através do mapeamento de lugares usados como ponto de comércio de escravizados, das casas de traficantes de escravizados, da região do pelourinho, do lazareto e do Asilo Santa Leopoldina, conseguimos dar um pontapé inicial rumo à dinâmica socioespacial preta ao longo do século XIX e as marcas históricas da presença preta grafadas ainda hoje na paisagem urbana.