Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sarruf, Miriam Beatriz Jordão Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23351
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Resumo: |
A língua geográfica é um distúrbio inflamatório benigno de etiologia desconhecida, que se caracteriza pela perda do epitélio devido à atrofia das papilas filiformes. Geralmente ocorre no dorso da língua podendo se estender para as bordas laterais. Clinicamente se manifesta como uma área eritematosa circundada por margens esbranquiçadas e ligeiramente elevadas. Na maioria dos casos a condição é assintomática embora alguns indivíduos relatem sintomas como ardência lingual. Embora não exista uma causa específica para essa condição, a língua geográfica tem sido observada em indivíduos com doenças de caráter imunológico como a psoríase, condições alérgicas ou atópicas e na presença de estresse e/ou ansiedade. Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente a Pandemia da COVID-19. O número de casos e de mortes por todo o mundo, as medidas restritivas para mitigar a propagação do novo coronavírus provocaram pânico e geraram um enorme nivel de estresse e ansiedade na população mundial. Diante do que foi acima descrito, formulamos a hipótese se houve exacerbação dos sinais e sintomas da língua geográfica durante a pandemia. Trinta e dois participantes de pesquisa foram recrutados aleatoriamente na Clínica de Diagnóstico Bucal da Faculdade de Odontologia da UFF por um período de 6 meses. Depois disso, os participantes foram divididos em dois grupos: grupo controle (ausência de LG), n=20 e grupo teste (presença de LG), n=12. Na segunda etapa: Nove participantes do Grupo Teste foram contatados por telefone e responderam a um questionário sobre a ocorrência de alterações dos sinais e sintomas da língua geográfica durante a pandemia, que constou das seguintes perguntas: teve sintomas de infecção por SARS-CoV-2? Foi testado para COVID-19? O resultado do teste foi positivo? Usou algum medicamento para COVID-19? Observou alterações na língua geográfica, algum sintoma novo ou piora dos sintomas? Associou a mudança (sinais e sintomas) a algum fator? Após responderem às perguntas os participantes foram subdivididos em dois grupos: LG com e sem exacerbação dos sinais e sintomas. Na primeira fase da pesquisa não foi observada diferença estatística quanto aos critérios clínicos como idade (p=0.72), gênero (p=024) e doenças sistêmicas (p=0.58) entre os grupos controles e teste. Na segunda fase, houve diferença estatística entre os grupos de LG com e sem exacerbação dos sintomas, quanto à idade e quanto ao estresse como fator causador da piora dos sintomas orais (p=0.3 e 0.2), respectivamente. Concluiu-se que pacientes mais jovens foram mais susceptíveis ao estresse e consequentemente apresentaram exacerbação das lesões orais relacionadas à LG. |