A Lei de Thirlwall em países desenvolvidos e em desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Araujo, Saulo Jardim de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37395
Resumo: Este estudo buscou investigar a confirmação da Lei de Thirlwall para um conjunto de países desenvolvidos e em desenvolvimento no período de 1996 a 2021, e também analisar como as restrições externas têm dificultado o processo de catching up para os países em desenvolvimento desse grupo. Também foi realizada uma breve análise qualitativa sobre a trajetória de catching up de nações como Japão, Coreia do Sul e China, com o Brasil como benchmark. Utilizando a técnica econométrica de séries temporais Vetor de Correção de Erros (VECM), foram obtidas as elasticidades-renda da demanda por importações dos países analisados, e, desse modo, foi possível obter evidências sobre a confirmação da Lei de Thirlwall para o respectivo grupo de países estudados. Na análise qualitativa, pôde-se constatar que o Japão avançou no processo de catching up após a Restauração Meiji, impulsionado por um desenvolvimento industrial, apoio estatal, coordenação entre Estado e empresas, investimentos em inovação e educação. A Coreia do Sul passou por uma transformação similar, com políticas voltadas ao desenvolvimento industrial, dependência do capital externo e adaptações contínuas para enfrentar desafios como crises e endividamento. A ascensão da China decorreu de reformas econômicas, abertura ao comércio, foco em CT & I e Zonas Econômicas Especiais, resultando em crescimento econômico expressivo e redução da pobreza. Os resultados econométricos indicaram que, para a maioria dos 24 países analisados, a Lei de Thirlwall, em sua versão fraca, foi confirmada. A doença holandesa foi apresentada como uma hipótese para explicar o processo de falling behind de alguns países como o Brasil. Pôde-se constatar também que os países que conseguem sustentar trajetórias exitosas de catching up, devem evitar que fenômenos deletérios como a desindustrialização prematura e a doença holandesa, que interrompem o processo de mudança estrutural.