Avaliação do metabolismo lipídico, do estresse do retículo endoplasmático e da mitobiogênese hepática em camundongos machos obesos associada ou não a exposição ao bisfenol s

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Reis, Emanuelle Barreto dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36775
Resumo: A obesidade desencadeia inúmeros outros distúrbios, como diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia e a Doença Hepática Esteatótica Associada à Disfunção Metabólica (DHEADM). Compostos presentes no meio ambiente, conhecidos como desreguladores endócrinos, possuem ação obesogênica, como o bisfenol A. Este, o mais conhecido, tem sido substituído pelo bisfenol S (BPS). Com a constante exposição a essas substâncias, o fígado se torna suscetível ao desenvolvimento da DHEADM. A cronicidade da obesidade e da DHEADM desencadeia o comprometimento da mitobiogênese (MBG) e o estresse do retículo endoplasmático (ERE). Objetivo: analisar os efeitos do BPS sobre o metabolismo lipídico e glicídico, morfologia, MBG e ERE hepático de camundongos machos alimentados com dieta padrão e hiperlipídica. Materiais e métodos: (CEUA 1929240521) camundongos C57BL/6 adultos machos divididos em: dieta padrão (15 kJ/g) exposto (SCDB, 25 μg/kg/dia) ou não (SCD) ao BPS, ou dieta hiperlipídica (21 kJ/g) exposto (HFDB, 25 μg/kg/dia) ou não (HFD) ao BPS por 12 semanas. Aferição de massa corporal, ingestão alimentar e hídrica durante o protocolo experimental. Ao final, realizado o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e a eutanásia, com armazenamento do fígado para processamento histológico, análises bioquímicas e moleculares. Além do armazenamento do plasma para dosagens bioquímicas. Média ± desvio padrão e one-way ANOVA, seguido por pós-teste Holm-Sidak (p<0,05). Resultados: todos os grupos experimentais apresentaram aumento da massa corporal em comparação ao SCD, assim como os parâmetros do TOTG, insulina e índice HOMA-IR, além de maior expressão de G6Pase hepática. Ainda foi observado que o grupo HFDB obteve aumento da concentração de insulina de jejum e do índice HOMA-IR em comparação aos grupos SCDB e HFD. O triglicerídeo hepático e o colesterol total plasmático e hepático apresentaram maior concentração nos grupos SCDB, HFD e HFDB em relação ao SCD. Curiosamente, o grupo HFDB demonstrou menor concentração de colesterol total plasmático e hepático em comparação ao grupo HFD. Esse conteúdo hepático foi demonstrado a partir da formação de macro e microvesículas esteatóticas. A porcentagem de fibras reticulares foi menor em todos os grupos experimentais em relação ao controle, além de apresentar diminuição no grupo HFDB em comparação ao SCDB. No metabolismo lipídico hepático, PPAR-γ, SREBP-1c e SREBP-2 demonstraram maior expressão nos grupos SCDB, HFD e HFDB em relação ao controle. O mesmo foi observado para as proteínas relacionadas a fissão mitocondrial, DRP1, MFF e FIS1, além de maior expressão de DRP1 e MFF no grupo HFDB em comparação ao SCDB e HFD. Para o PGC1-α e OPA1, suas expressões foram menores no grupo HFDB em comparação aos demais grupos. A MFN2 esteve mais expressa nos grupos SCDB, HFD e HFDB em relação ao controle, e o mesmo foi demonstrado para as proteínas envolvidas no ERE. Além disso, GRP78, ATF4 e CHOP apresentaram maior expressão no grupo HFDB em comparação ao SCDB. Conclusão: O BPS induziu a obesidade e a DHEADM, alterou o metabolismo glicídico e lipídico, a MBG e desencadeou o ERE, além da perda estrutural hepática. A sua associação com a dieta hiperlipídica agravou a quebra da homeostase.