Ao sabor das conversas: diálogos e metacrônicas em Moça deitada na grama de Carlos Drummond de Andrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Duarte Júnior, Williams Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24859
Resumo: A presente pesquisa se debruça sobre Moça deitada na grama (1987), livro de Carlos Drummond de Andrade, que contém uma coletânea de sessenta crônicas, publicadas entre as décadas de 1970-1980, no Jornal do Brasil. Trata-se de um livro lançado postumamente, porém, não por intenção do autor. Durante a leitura, levantou-se a hipótese de haver, entre as crônicas do livro, três tipos de diálogos, desenvolvidos pelo narrador drummondiano: entre o autor e o um personagem encontrado num contexto cotidiano; entre o narrador e seu leitor; e diálogos em que o este não se dirige a ninguém especificamente, porém, elabora, no processo da escrita, reflexões consigo mesmo. Estes dois últimos tipos pareceram conduzir a um exercício metalinguístico, uma vez que o narrador, ao conversar com o leitor e consigo, em companhia do leitor, reflete sobre a crônica e sobre os usos da língua, criando, então, metacrônicas. Buscou-se identificar esses tipos de diálogo em seis crônicas selecionadas da obra estudada. Foi encontrada no trabalho uma recorrência de diálogos autorreflexivos, mesmo em crônicas que tinham como foco uma conversa entre o autor e outra pessoa, sendo esses atravessamentos considerados uma característica do narrador drummondiano.