Produção de biossurfactantes por consórcios bacterianos hidrocarbonoclásticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Krepsky, Natascha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22354
Resumo: Uma vez no sedimento, o petróleo irá persistir por longos períodos caso não seja degradado pelos organismos locais. Biossurfactantes, produzidos em resposta a hidrocarbonetos, são fundamentais para o crescimento bacteriano nas gotas de óleo, além de facilitar a biorremediação de hidrocarbonetos com baixa solubilidade em água. Tendo em vista a utilização de técnicas para a rápida e eficiente limpeza, sem causar maiores danos à biota envolvida, propusemos este trabalho de implementação da produção de surfactante por bactérias marinhas hidrocarbonoclásticas. Dessa forma, consórcios bacterianos hidrocarbonoclásticos de sedimento superficial de mangue impactado por petróleo, foram isolados e os produtores de surfactante foram selecionados e mantidos em laboratório. Os consórcios foram caracterizados pela presença de endósporos e seu desempenho bioquímico, sua capacidade de produção de biofilme foi acompanhada e fotografada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise da eficiência do biossurfactante (tensão de superfície - TS) e o estudo das condições para produção deste foram realizados com a metodologia padronizada, taxa de emulsificação (TE), taxa de emulsificação aquosa (B) e não aquosa (A) da gasolina, querosene e Árabe Leve e a determinação do carbono bacteriano (CB) ao longo de 70 dias e comparando as condições de aeração em dois frascos diferentes. Nossos consórcios foram capazes de emulsionar todos os compostos, havendo aumento da produção do biossurfactante ao longo do tempo, apesar do tipo de emulsificação (A e B) para cada composto não variar com o tempo, mas com sua composição. Houve preferência da emulsificação A para a gasolina e o querosene e da emulsificação B para o Árabe Leve. O Erlenmeyer foi o frasco com o melhor crescimento bacteriano e TE. Os consórcios mantidos em Árabe Leve apresentaram maior capacidade de emulsificação que aqueles em sacarose. As células apresentaram superfície hidrofóbica, fundamental para a aderência ao óleo. Sendo assim, a metodologia se mostrou adequada para o isolamento de bactérias produtoras de surfactante, permitindo selecionar estes consórcios baseado nas características das colônias.