Análise microestrutural, mecânica e eletroquímica do aço inoxidável austenítico 316L nas formas de chapa e tubo soldado por tig autógeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Erica Marcelino Freitas de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26844
Resumo: Aços Inoxidáveis Austeníticos (AIA) possuem alta resistência à corrosão devido a sua elevada quantidade de cromo e níquel. Por não possuírem transição Dúctil-Frágil, sua aplicação é empregada desde temperaturas criogênicas até altas temperaturas e tem excelente soldabilidade proveniente da baixa concentração de carbono. A soldagem é o principal processo industrial de união de metais, contudo processos de soldagem afetam mecânica, térmica e metalurgicamente a solda e regiões vizinhas a esta, podendo ocorrer nestes locais, alterações na microestrutura e na composição química da solda. Neste trabalho o AIA 316L nas formas de chapa e tubo, foi soldado pelo processo TIG autógeno. As chapas soldadas do 316L foram expostas a um ambiente de extrema agressividade com o objetivo de avaliar a suscetibilidade da liga à corrosão intergranular. Como método de avaliação, foi utilizado o método Reativação Eletroquímica Potenciodinâmica de Duplo Circuito (DL-EPR) que é empregado para mensurar o grau de sensitização do material, mediante a exposição do mesmo a uma solução corrosiva sob aplicação de um dado potencial. A caracterização microestrutural antes e após o teste de corrosão, foi realizada através de Microscopia Ótica, Eletrônica de Varredura e Espectroscopia de Energia Dispersiva. Os resultados mostraram que o 316L se manteve resistente ao ataque intergranular mesmo em um ambiente de extrema agressividade, porém os grãos austeníticos da Zona Fundida (ZF) e Zona Termicamente Afetada (ZTA) sofreram corrosão galvânica devido à diferença de potencial eletroquímico entre sua composição química e a composição da ferrita-δ. Os tubos de 316L foram submetidos a ensaio de tração com velocidade de 2 mm/min, a fim de avaliar o Limite de Resistência a Tração (LRT) atingido pelas amostras. A análise da solda dos tubos consistiu em correlacionar a quantidade de ferrita delta presente na microestrutura da solda com o LRT e tipo de fratura apresentada pelas amostras após o ensaio de tração. De acordo com os resultados obtidos, existe uma relação direta entre fração volumétrica de ferrita delta e LRT, pois as amostras com maiores quantidades dessa fase, obtiveram maiores valores dessa propriedade. Há igualmente uma ligação direta entre a quantidade de ferrita delta com o tipo de fratura ocorrida. Amostras com quantidade de ferrita inferior a 6%, apresentaram fratura parcial ou completamente frágil, caracterizada pela ausência de dimples (microcavidades).