Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Machado, Daniela Vasconcelos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/8893
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Resumo: |
O aumento dos gases estufa causa mudanças globais em todos os componentes do sistema climáticos, de tal modo que o aumento da temperatura resulta em profundas alterações nos sistemas naturais. O dióxido de carbono é um dos principais gases estufas e uma das dificuldades em estuda-lo está no entendimento e quantificação dos reservatórios emissores e consumidores deste gás. O intemperismo químico é um processo natural que captura carbono da atmosfera, na forma de CO2, e libera-o como íon bicarbonato, como produto da reação, para as redes fluviais. As rochas carbonáticas são um dos maiores reservatórios naturais de carbono na crosta terrestre, sendo esta o principal litotipo de interesse no estudo do consumo de CO2 por processos intempéricos. A análise química da água superficial permite obter informações importantes sobre os processos de intemperismo e ciclo do carbono. Neste trabalho propôs-se o estudo hidrogeoquimico e da dinâmica do carbono inorgânico na microbacia de drenagem do córrego do Bule – MG, dominada por rochas carbonáticas, representada pelos dolomitos do SuperGrupo Minas, estratigrafia do Quadrilátero Ferrífero. Foram coletadas amostra de água fluvial e analisadas no espectrofotômetro e cromatografia iônica para a obtenção da concentração das espécies dissolvidas. O bicarbonato, cálcio, magnésio e a sílica são os principais íons da bacia, reflexo do litotipo local composto por dolomitos, filitos e quartzitos. Através da análise química da água fluvial foram realizados cálculos empíricos a fim de obter uma estimava do transporte fluvial, fluxo de CO2 na interface água-atmosfera, taxa do intemperismo e consumo de carbono. O principal elemento transportado pelo córrego do Bule é o íon bicarbonato (6,14 t/km2.ano). A concentração de CID na microbacia do Bule é alta (acima de 1000 μM) característica de águas carbonatadas. A microbacia apresentou fluxos evasivos em todas as amostragens realizadas, sendo, uma fonte de emissão de carbono na interface água-atmosfera, apresentando pressão parcial de CO2 (pCO2) igual a 4065 μatm e fluxo total de 5,95 mol/m2.d. A taxa do intemperismo associado às fases carbonáticas foi maior que a taxa associada às fases silicáticas em um fator de até 8 vezes. A taxa do intemperismo total (TIT) foi de 1,19 x 105 mol/km2.ano, sendo deste 89% referente ao intemperismo carbonático. Consequentemente o consumo de CO2 por processos intempéricos foi maior para as fases carbonáticas em média 28 vezes, com o consumo total de 0,59 x 105 mol/km2.ano, sendo deste 97% consumido pelas rochas carbonáticas |