Avaliação da função tireoidiana e da presença da síndrome do eutireoidiano doente em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com e sem circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Reis, Elisângela Sá Vaz dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12700
Resumo: Os hormônios tireoidianos têm muitos efeitos no sistema cardiovascular, e as alterações no metabolismo hormonal tireoidiano podem ocorrer em diversos tipos de doenças não tireoidianas, sejam elas agudas ou crônicas. Trata-se da “Síndrome do Eutireoidiano Doente’’ (SED) caracterizada por baixos níveis de triiodotironina (T3), elevados níveis de triiodotironina reversa (rT3) e hormônio es-timulador da tireóide normal (TSH). O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência da SED nos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca e correlacionar as possíveis alterações dos hor-mônios com o uso da circulação extracorpórea (mediadores inflamatórios), a clas-se funcional pré e pós-operatória, e os eventos graves (FA e óbito), com o prog-nóstico da SED na Cirurgia Cardíaca. Foram avaliados 30 pacientes, com idade média entre 41 e 78 anos (média de 61,7), sendo 19 (63,3%) do sexo masculino e 11 (36,7%) do sexo feminino, 20 (66.7%) brancos, 05 (16,7%) pardos e 05 (16,7%) negros, internados, respecti-vamente, para cirurgia de revascularização miocárdica (26 ou 86,7%), troca de válvula mitral (1 ou 3,3%), troca de válvula aórtica(1 ou 3,3%) e retroca de válvula mitral (2 ou 6,7%). Dos pacientes estudados, 17 (56,7%) apresentavam comorbidades e 13 (43,3%) não as apresentavam. Chamamos de comorbidades à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica compensada (DPOC), à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e ao Diabetes Mellitus compensado (DM). Neste estudo dividiu-se a análise estatística em dois grupos: com as cirur-gias em geral, onde foi encontrada diferença significativa no T3 (p = 0,001), no T3 I (p = 0,0001) e no rT3 (p = 0,0001) do pré para o pós-operatório; do rT3 (p = 0,0008) no pós-operatório no grupo com a CEC, e do T3 (p = 0,029) no grupo sem CEC; observou-se ainda a associação entre eventos graves e a CEC (p = 0,012). No grupo dos pacientes revascularizados, registrou-se diferença significativa ao nível de T3 (p = 0,035) no pós-operatório, e de rT3 do pré para o pós-operatório. Foram analisados: o exame clínico, o exame de sangue, o eletrocardio-grama, o raio-X de tórax, o ecocardiograma, a classe funcional pré-operatória, e de seis meses de evolução no pós-operatório; dosagem pré-operatória e, no quar-to dia de evolução pós-operatória, do TSH e dos hormônios tireoidianos T3, T4, T3 livre, T4 livre e T3 reverso. Concluiu-se que, na análise do perfil plasmático dos hormônios tireoidia-nos, há características compatíveis com a SED, assim como a relação dos hor-mônios tireoidianos no pós-operatório segundo o grupo com eventos graves e o grupo com a CEC; e também quando foi observado somente o grupo dos pacien-tes revascularizados, e quando se analisou a variação das dosagens dos hormô-nios tireoidianos com a ocorrência de eventos graves. Nos pacientes submetidos a CEC, observou-se uma relação com a ocor-rência de eventos graves, entretanto sem relação com a classe funcional, ou des-ta com a CEC.