Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mateus Carvalho Brum de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/15805
|
Resumo: |
Este trabalho analisa as vozes verbais utilizadas em títulos de notícias do webjornal G1 a respeito de casos de feminicídio, ocorridos no Brasil em 2018 e 2019, assim como reflete acerca das representações e construções identitárias femininas e masculinas nesses textos. Com base na observação do foco dos títulos dessas notícias – se no homem, na posição de agressor ou assassino, ou na mulher, na posição de agredida ou assassinada –, debatemos a maneira de informar e de se recriar a realidade por meio do texto jornalístico. À luz da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau (2001, 2005, 2013b, 2014), assim como de conceituações a respeito do gênero textual notícia jornalística (LAGE, 2001; MIELNICZUK, 2001 e 2003; COSTA, 2009) e de estudos das Ciências Sociais, Sociolinguística e Psicologia (DAMATTA, 1986; WOODWARD, 1997; GOLDENBERG, 2007; BOURDIEU, 2012), tecemos comentários a respeito das formas de se retratarem fatos do mundo em textos jornalísticos, destacando a valorização ou desvalorização das identidades femininas, em tentativa de proteção das masculinas. Tal proteção ao masculino é analisada segundo estudos linguísticos a respeito das vozes verbais (ILARI, 2001; VILELA e KOCH, 2001; CAMACHO, 2002; AZEREDO, 2014; ABREU, 2018) – com destaque para a voz ativa ou para a voz passiva – e das repercussões de seus usos. Percebemos como a realidade é recriada de tal forma que a mulher é colocada em evidência, enquanto a figura masculina é, algumas vezes, até mesmo apagada dos textos. Debatemos, por fim, a respeito da maneira como a identidade feminina permanece sendo inferiorizada em nossa sociedade |