Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mônica Gomes da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10317
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Resumo: |
António Castilho de Alcântara Machado D’Oliveira (1901-1935), cuja produção surge após a Semana de Arte Moderna de 1922, discorda da ideia de que as obras modernistas promoveriam uma revolução estritamente estética e presencia o desmembramento do grupo modernista paulistano. É perceptível, nas cartas, uma postura combativa e crítica, a linha de continuidade dos assuntos e temas com os textos literários e jornalísticos do escritor. Na correspondência analisada, identifica- se a elaboração de uma rede epistolar com escritores residentes no Rio de Janeiro, como Alceu Amoroso Lima (1893-1983) e Prudente de Morais, neto (1904-1977), a fim de propagar e consolidar o movimento modernista, seja através do envio ou pedido de colaborações, seja pelas críticas das obras em preparação ou recém-publicadas. Ao estudar a correspondência percebe-se o potencial de desnudamento dos processos estéticos presentes nas obras literárias, permitindo um trabalho crítico genético sobre as mais diversas etapas de criação artística. As cartas, contudo, não ficam restritas à condição de palimpsesto artístico e apresentam formulação e desdobramentos contíguos aos da literatura devido à encenação discursiva construída entre o emissor e o destinatário. Ao abordar o caráter proteiforme da carta destaca-se a função utópica, um dos pontos principais da tese a ser defendida. A utopia se refere à amplitude temporal do gênero epistolar, cuja mensagem se projeta para além do momento datado através da propagação dos sintomas pertencentes ao quebra-cabeça do desenvolvimento de uma escrita autoral. Esses sintomas, disseminados na correspondência de A. de A. M., revelam os debates em torno do novo, da divisão entre estética e ideologia e as estratégias e apostas do artista na modificação do cenário cultural brasileiro a partir da modernização urbana, artística e social |