Tendências e evidências sobre o desenvolvimento econômico do nordeste: uma análise sobre indicadores setoriais, emprego e renda para o período de 2003 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Flaviana Candido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34498
Resumo: Na primeira década de 2000, a economia brasileira apresentou uma dinâmica econômica positiva, com a retomada do crescimento econômico junto à maior inclusão social, resultado associado a melhorias no cenário externo e às iniciativas internas de políticas econômicas. Neste contexto, ganharam prioridade na nova conjuntura política e econômica iniciada em 2003, as políticas sociais de transferências de renda e a política de valorização do salário mínimo. Estas beneficiaram sobremaneira a região Nordeste, dadas as características socioeconômicas de seu contingente populacional, situado majoritariamente na base da pirâmide social e com remuneração próxima a faixa salarial beneficiada pelo ganho real. A região passou a trilhar uma trajetória de dinamismo econômico e ganhos acima dos registrados nacionalmente para alguns indicadores sociais, do mercado de trabalho e rendimento. Estas melhorias mais amplas para a região pouco modificaram as condições relativas desses indicadores em relação ao restante do país. Com o processo de inflexão econômica, em 2015, ocorre reversão desse quadro de melhorias. O novo padrão de desenvolvimento econômico não mostra maiores movimentos de superação do atraso relativo da região. Nesse sentido, estuda-se a trajetória recente do desenvolvimento da região a partir da análise da estrutura setorial, de mercado de trabalho e das categorias de rendimento, a fim destacar a natureza das mudanças ocorridas no período. Para à análise desses indicadores utilizaremos dados extraídos dos microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) e do Sistema de Contas Regionais. Para a estrutura setorial, analisaremos para as macrorregiões brasileiras e para as unidades federativas da região Nordeste: a composição do valor adicionado, a participação da população ocupada e o nível de produtividade por setor. A manutenção de uma acentuada heterogeneidade regional e setorial é revelada por esses indicadores, com a região Nordeste registrando condições mais desfavoráveis. Na análise da estrutura ocupacional e de rendimento, o grau de formalização do mercado de trabalho e a composição da ocupação por faixa de rendimento registraram diferenciais significativos entre os resultados alcançados na região Nordeste e aqueles registrados para o restante do país. Nesse sentido, revela-se também a natureza de heterogeneidade para a dimensão do mercado de trabalho. De um modo geral, os resultados evidenciam o caráter não estrutural das melhorias ocorridas na região Nordeste. Visando auxiliar na análise e interpretação dos resultados da estrutura produtiva da região, segundo esses recortes, recorre-se ao referencial teórico Cepalino de mudança estrutural com base na categoria de heterogeneidade estrutural.