Confirmação diagnóstica e identificação das espécies causais em candidíase cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barbedo, Leonardo Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6745
Resumo: A candidíase é uma micose oportunista primária ou secundária , endógena ou exógena, causada por leveduras do gênero Candida. As lesões podem variar de superficiais a profundas, se comportando como doença aguda ou crônica; envolvendo localizações únicas ou em múltiplos sítios. Espécies desse gênero residem como comensais fazendo parte da microbiota normal do trato digestório de 80% dos indivíduos sadios. O estabelecimento da candidíase depende de uma imunodepressão específica ou geral, inata ou adquirida do hospedeiro; carga parasitária e virulência fúngica. Das quase200 espécies, aproximadamente 10% são consideradas agentes etiológicos de candidíase, sendo de maior interesse clínico C. albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. guilliermondii e C. lusitaniae, porém casos de espécies emergentes como C. dubliniensis, C. kefyr, C. rugosa, C. famata, C. utilis, C. lipolytica, c. norvegensis, C. inconspicua, C. viswanathii, dentre outras, estão sendo relatadas devido à alta frequência que colonizam o hospedeiro humano. O diagnóstico laboratorial clássico da candidíase baseia-se essencialmente na presença de blastoconídios no exame direto e observação da cultura leveduriforme de coloração creme e aspecto pastoso em àgar Sabouraud. Quanto às manifestações clínicas, podemos dividi-las em cutâneo-mucosas, sistêmicas e alérgicas. As lesões determinadas pelo fungo são úmidas e recobertas por uma pseudomembrana esbranquiçada que, ao ser removida, apresenta fundo eritematoso, quando em mucosas; e lesões satélites eritematosas de aspecto descamativo, quando cutâneas. A retirada dos fatores predisponentes e o restabelecimento da imunidade, combinada com derivados azólicos ou poliênicos, são as principais formas de tratamentos da candidíase. Nosso objetivo foi a identificação das espécies de Candida a partir de casos clínicos em humanos suspeitos de candidíase cutânea. após a coleta de material cl~inico procedeu-se o exame direto; cultura em àgar Sabouraud e àgar Mycosel; cultura em BHI acrescido de clorafenicol; plaqueamento em àgar Sabouraud ; estoque em água destilada estéril; cultura em Chromagar Candida; prova do tubo germinativo; cultura em àgar Sabouraud hipertônico; culturaem àgar sabouraud entre 42-45°C e bioquímica no sistema VITEK® 2 compact. entre novembro de 2008 e agosto de 2009, no setor de Diagnóstico Micológico Humano e Veterinário MIP/UFF, foram coletadas 65 amostras oriundas de 56 pacientes com suspeita de candidíase cutânea, onde confirmadas 58 amostras em 51 pacientes, sendo 38 mulheres e 13 homens, com faixa etária predominante entre 47 e 60 anos e maioria donas de casa, aposentados, professoras e serventes, estes apresentaram 45 infecções simples e 6 infecções mistas distribuídas em 58 espécimes da levedura: 11 C. parapsilosis; 11 Candida spp.; 9 C. famata; 6 C. albicans; 6 C. haemulonii; 5 S. ciferri; 4 lopolytica; 3 C. guilliermondii e 3 C. tropicalis. Os dados do presente estudo corroboram a importância de esforços direcionados ao diagnóstico micológicos ao nível de espécie.