Lesões de pele em pacientes hospitalizados em contenção mecânica: estudo de coorte
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/9737 http://dx.doi.org/10.22409/.2019.mp.62887491768 |
Resumo: | O estudo teve como objetivo verificar a associação entre o surgimento de lesões de pele e a contenção mecânica, em adultos e idosos hospitalizados. Realizado em unidades de clínica médica e cirúrgica em um hospital público universitário, localizado no estado do Rio de Janeiro, Brasil. A coleta de dados ocorreu num período de aproximadamente 8 meses, com início em 07 de março à 25 de novembro de 2018. O total da amostra foi de 74 pacientes adultos e idosos, distribuídos distintamente em dois grupos de 37, sendo um em contenção mecânica, e o outro sem contenção, e ambos os grupos sem lesão de pele na primeira avaliação. Os dois grupos foram acompanhados por 15 dias em seis visitas aleatórias com intervalo de no mínimo 1 e no máximo 4 dias. As lesões identificadas foram lesão por pressão, lesão por fricção, e dermatite associada a incontinência. A lesão por pressão foi o tipo de lesão que se mostrou em associação à contenção mecânica, houve ocorrência de 10 casos com incidência de 27%, e um único caso no grupo sem contenção com 2,7%. A localização mais comum da lesão por pressão foi em região sacra. A classificação apresentou-se distribuída igualmente em estágio 1 e 2. O tempo do surgimento da lesão por pressão foi estimado em 11 dias de internação. Constatou-se que as chances de pacientes contidos apresentarem lesão por pressão foi de 13,3 vezes maior do que pacientes sem contenção. A incidência global de lesão por fricção foi de 5,4% (4 casos). No grupo de pacientes não contidos não houve incidência de lesão por fricção e no grupo de pacientes contidos a incidência de lesão por fricção foi de 10,8% (4 casos). E a incidência global de DAI foi de 9,5% (7 casos). No grupo de pacientes não contidos a incidência de DAI foi de 8,1% (3 casos) e no grupo de pacientes contidos a incidência de DAI foi de 10,8% (4 casos). A diferença entre estas incidências não é significativa sob o ponto de vista estatístico (p-valor=1,000 do teste exato de Fisher). Concluiu-se que, o uso da contenção está associado ao risco de surgimento da lesão por pressão. Recomenda-se a implementação de medidas assistenciais na avaliação criteriosa do paciente no uso de contenção mecânica, em conjunto com a prevenção de lesão por pressão. As medidas assistenciais visam restringir o tempo necessário e o acompanhamento no uso de contenção. Como produto da dissertação foi desenvolvido um vídeo educativo sobre os dados do estudo para divulgação ampla “Pela Cultura de não Contenção de Idosos” disponível em: https://youtu.be/2Lp6GzrHVQg |