Se perguntarem... Tá tudo ligado, estão monitorando tudo! : o controle territorial pela instalação de câmeras no espaço escolar
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28073 http://dx.doi.org/10.22409/POSGEO.2019.m.12350051781 |
Resumo: | Nas últimas décadas, placas com a informação “Sorria, você está sendo filmado!” se tornaram comuns nos variados locais das cidades brasileiras: bancos, shoppings, ruas, praças, condomínios fechados, hospitais. Os questionamentos sobre a vigilância ampliada no espaço cotidiano se voltam aqui para um espaço específico: a escola, que é, tal qual as prisões e os hospícios, categorizada por Foucault (1987) enquanto uma instituição disciplinar onde os mecanismos de poder, capazes de controlar o espaço, se destacam. Considerando o paradigma da segurança como uma perspectiva de análise da sociedade contemporânea, este trabalho considera a ideia de “sociedades biopolíticas de in-segurança e des-controle dos territórios”, cunhado na ciência geográfica por Rogério Haesbaert (2014), como ponto de partida para a realizar as reflexões acerca dos novos tipos de controle no espaço escolar, em especial o pretenso controle territorial a partir do monitoramento e vigilância através do sistema de câmeras de segurança. Partindo desse pressuposto teórico em encontro à experiência como docente da autora em uma escola estadual em São Gonçalo - Região Metropolitana do Rio de Janeiro –, onde foi realizada a pesquisa, o trabalho tem como principal objetivo identificar e analisar quais são as formas de controle territorial que a escola estudada está submetida em diversas escalas, tanto institucionais da SEEDUC, passando pelo controle exercido pelo narcotráfico nas imediações da escola e investiga se o monitoramento por câmeras seria um dos tipos de controle. Reconhecendo que a instalação de câmeras tem desdobramentos nas relações de poder na escola, e também, no sentido de ampliarmos o debate sobre o controle e vigilância no espaço escolar, perguntamos: Qual é a relação entre o monitoramento por câmeras e a vigilância do espaço escolar? Quais as relações entre a instalação de câmeras, o controle territorial e as táticas de resistência dos estudantes diante desse novo tipo de controle? Evidencia-se, então, múltiplos sentidos da vigilância apontando para a multiplicidade do espaço escolar. |