Trajetórias evolutivas das coberturas florestais do estado do Rio de Janeiro utilizando os algoritmos LandTrendr

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Weckmüller, Rômulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13336
http://dx.doi.org/10.22409/POSGEO.2018.d.11616378778
Resumo: O entendimento de como os sistemas terrestres evoluem é importante na busca de estratégia que otimizem a utilização dos recursos naturais e minimizem os impactos ambientais. O monitoramento das mudanças da cobertura vegetal e do uso da terra, através de técnicas de sensoriamento remoto tem sido fundamental neste sentido. Com a disponibilização de todo o acervo de imagens do programa Landsat/NASA, melhoras na qualidade dos dados e o surgimento de novos algoritmos constituem um avanço metodológico que supera as limitações espaciais e temporais dos métodostradicionais de detecção de mudanças. O objetivo principal desta tese é contribuir metodologicamente para o monitoramento dos sistemas terrestres através de técnicas de sensoriamento remoto, utilizando todo o acervo disponível de imagens Landsat, numa abordagem com base na trajetória espectral do pixel em séries temporais. Para tal, a detecção de mudanças baseada em trajetórias foi utilizada através do algoritmo LandTrendr, para detectar mudanças nas coberturas florestais do estado do Rio de Janeiro entre 1984 e 2016, identificando diferentes tipos de perturbações (desmatamentos e recuperações) e classificando as florestas secundárias quanto ao tempo de regeneração. De uma maneira geral observou-se 58.969 ha de trajetórias de mudanças florestais no estado do Rio de Janeiro, destas 64% são perdas florestais e 36% regenerações. Este mapeamento alcançou 70% de exatidão global. No litoral, os desmatamentos são antigos e mais abruptos enquanto que no interior as perdas florestais também são antigas, porém graduais, configurando uma constante degradação da paisagem. As recuperações florestais no estado são mais recorrentes no norte fluminense, possivelmente associadas a abandonos de terras agrícolas. As florestas secundárias mais antigas estão próximas ao litoral (Região dos Lagos) enquanto que as mais recentes estão no interior (Região do "Vale do Café" e Região Serrana). Foi desenvolvido um mapa síntese com as características das trajetórias. Apenas a Região dos Lagos tem tendências de recuperação florestal, enquanto que as regiões no interior do estado têm tendências de perda de vegetação, e as regiões próximas ao litoral tendências de estabilidade, ou seja, taxas de ganho e perda muito parecidas