Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Benjamim, Gisele Passos Cabral |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37577
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Resumo: |
Introdução O centro cirúrgico é um setor onde a sobreposição de tecnologias é frequente e acentuou-se com o avanço da cirurgia robótica, que aumentou exponencialmente nos últimos dez anos. O checklist de cirurgia segura foi proposto pela OMS em 2009, após relacionarem metade dos eventos adversos à assistência cirúrgica no caso de pacientes hospitalizados. Ao implementar o checklist de cirurgia segura, os resultados foram a redução dos eventos adversos, com diminuição da morbidade e da mortalidade. Objetivo: Analisar a implementação do checklist de cirurgia segura para cirurgia robótica. Método: Trata-se de um estudo de implementação de evidências baseado na metodologia do Instituto Joanna Briggs que consiste em 3 principais etapas: análise do contexto, facilitação para mudança e avaliação do processo, subdivididas em 7 fases. As auditorias foram realizadas com base em 17 critérios. Os participantes foram 9 (nove) enfermeiros atuantes no programa de cirurgia robótica da instituição (equipe de implementação) e 90 (noventa) pacientes, 30 (trinta) em cada uma das 3 (três) auditorias. Foi desenvolvido em um hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro, no período de 2022 a 2024, após autorização do CEP da Faculdade de Medicina da UFF e do HUPE sob registro CAAE 68831523.6.0000.5243 e 68831523.6.3001.5259, respectivamente. Resultados: Na auditoria de base, evidenciamos baixa conformidade em 94,1% dos critérios de auditoria. Destaca-se a evidência de checagem da avaliação da pele antes da indução anestésica (23,6%) e a não evidência de checagem de materiais e instrumentais cirúrgicos robóticos, material para conversão da técnica de abordagem, comunicação de eventos críticos para o intraoperatório, do tempo de pausa entre 3 e 4 horas de cirurgia, da avaliação da pele antes do paciente sair da sala operatória e das recomendações pós-operatórias advindas da equipe médica. Para atendimento das baixas conformidades, foi elaborado e implementado o checklist de cirurgia segura para cirurgia robótica e, treinamentos sobre itens acrescidos e sua relevância para a assistência cirúrgica segura foram realizados. Após, houve a auditoria de seguimento 1 que trouxe conformidade para 88,23% dos critérios antes inconformes, à exceção dos que exigiam o envolvimento da equipe médica: comunicação de eventos críticos esperado para o intraoperatório (36,7%) e checagem do tempo de pausa entre 3 e 4 horas de cirurgia (23%), que permaneceram com baixa adesão o que levou a necessidade de uma identificação de barreiras e estratégias, com desenvolvimento de ações direcionadas à equipe médica. Por fim, sucedeu-se à auditoria de seguimento 2, que trouxe a conformidade de 83,3% e 72%, dos critérios de auditoria inconformes, respectivamente, na auditoria de base 1. Conclusão: A implementação de um checklist voltado para cirurgia robótica nos fez perceber itens importantes que podem estar ocultos em tarefas cotidianas. Sua implementação, aumentou a conformidade de etapas associadas a assistência de qualidade na cirurgia robótica como: provisão de equipamentos, instrumentais e insumos, comunicação multidisciplinar e prevenção a lesão provenientes do posicionamento cirúrgico, o que tende ao fortalecimento da cultura de segurança do paciente organizacional. |