Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Eduardo Thadeu de Oliveira Correia Lavinas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35945
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Resumo: |
O modelo de doença crônica cardiometabólica (DCC) é uma classificação baseada nos modelos de adiposidade (ABCD) e disglicemia (DBCD), construídos pelo Colegiado Americano de Endocrinologia/Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos. Esse modelo compreende 4 estágios de doença cardiometabólica para facilitar a estimativa de risco e prevenção de doenças cardiovasculares (DCV). Entretanto, apesar da hipertensão ser associada ao desenvolvimento de DCV e evoluir de forma gradual, como o ABCD e DBCD, a hipertensão não é descrita como modelo cardiometabólico no DCC. Assim, essa tese conceitua a hipertensão como modelo de doença crônica baseada em hipertensão (HBCD) e objetiva estudar a prevalência, características e prognóstico do modelo HBCD na atenção primária de Niterói. Este estudo trata-se de uma análise retrospectiva do estudo DIGITALIS, que atenção primária de Niterói. Os participantes foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma, ecocardiograma com Doppler tecidual. Após um período médio de 6 anos, os participantes foram contactados via telefone, tendo sido obtidos dados de seguimento para 560 participantes. O estágio 0 foi definido como ausência de critérios dos demais estágios. O estágio 1 (risco) foi definido como autorrelato de maus hábitos nutricionais, sedentarismo ou história familiar de hipertensão. O estágio 2 (pré- doença) foi definido como presença de pré-hipertensão; estágio 3 (doença) como presença de hipertensão e estágio 4 (complicações) como presença de doença arterial coronariana, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial ou história de acidente vascular encefálico. Para a análise transversal deste estudo foram incluídos todos 633 participantes, enquanto para análise prognóstica foram incluídos os 560 participantes que possuíam dados de seguimento. Os participantes foram classificados nos Estágio 0 (1,26%), Estágio 1 (9,95%), Estágio 2 (14,69%), Estágio 3 (51,50%) e Estágio 4 (22,50%). Os estágios do HBCD foram associados à piora progressiva dos marcadores ecocardiográficos e da filtração glomerular. Na curva de Kaplan-Meier, o desfecho composto (morte por todas as causas ou hospitalização por DCV) piorou significativamente entre os estágios do HBCD (p <0,001). Em uma análise de regressão Cox ajustada, utilizando o estágio 2 como referência, os estágios 3 (RR: 2,84, IC95%: 0,61-13,26) e 4 (RR: 3,87, IC95%: 1,77-8,48) apresentaram maior risco bruto para o desfecho composto. Sendo assim, esta tese demonstra uma piora progressiva de marcadores ecocardiográficos estruturais e funcionais, declínio da função renal e taxas mais altas do desfecho composto ao longo dos estágios do HBCD. Em conclusão, o HBCD é um modelo válido de forma conceitual e prognóstica, a ser incorporado ao DCC. |