Ariano Suassuna: imagens e modos de ser brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pessanha, Daniel Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35611
Resumo: O presente estudo tem como objetivo examinar as figurações sociais encontradas nas peças Auto da Compadecida (1955) e Farsa da Boa Preguiça (1960), de Ariano Suassuna, sob a perspectiva da desigualdade social. Para tal, parte-se de uma compreensão de Machado de Assis que é muito cara ao dramaturgo, que é a percepção da existência de dois países em um só: o Brasil Oficial, dos ricos e privilegiados; e o Brasil Real, dos menos abastados e das classes populares. Tendo como base esse ponto de vista, estuda-se as figurações sociais encontradas nas obras de Ariano Suassuna buscando entender como essas personagens ajudam na compreensão de uma sociedade brasileira extremamente desigual. Isto é, como é possível encontrar, nas peças em questão do autor, a figuração de um país dividido entre pobres e ricos, ao ponto de ser possível enxergar a existência de um Brasil separado entre as classes dominantes e as classes populares. Em um primeiro momento, a pesquisa se volta para um levantamento da trajetória intelectual do autor, tendo como objetivo entender o percurso que o levou à sua linha de pensamento a respeito do Brasil e à sua preocupação com as classes populares. Em um segundo momento, estuda-se efetivamente as figurações das classes dominantes e das classes populares na obra de Ariano Suassuna, buscando compreender a relação entre as personagens criadas pelo autor e a desigualdade social brasileira contemporânea. Por fim, estuda-se ainda o uso do cômico pelo autor na criação de suas personagens como uma forma de crítica social.