Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Fernanda Cristina Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/21489
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Resumo: |
Este trabalho visa analisar o consumo da cultura por parte de indivíduos de classes populares no Museu Nacional e como eles representam uma visita à instituição em sites de redes sociais (SRS). Através de um estudo de “inspiração etnográfica”, que contou com as etapas de observação participante, entrevistas em profundidade e observação digital foi possível refletir acerca das especificidades de comportamento desses grupos nas redes, bem como suas motivações para a visita e as formas de apropriação e consumo de bens culturais. Fundado em 1818 por D. João VI, o Museu Nacional é a mais antiga instituição do gênero no país e considerado um dos maiores museus em História Natural e Antropologia na América Latina. Localizado na Quinta da Boa Vista, reduto do lazer de classes populares na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, seu público característico difere do encontrado em outros museus da cidade. Nas visitas à instituição, o aparelho celular intermedia uma série de ações que irão compor narrativas de memórias experienciadas dentro do Museu Nacional pelos interlocutores desta pesquisa. Nesse sentido, e desconsiderando fronteiras entre online e offline, os sites de redes sociais funcionam como plataformas onde foi possível verificar de que modo os interlocutores manifestavam, de maneira própria, as experiências vividas no Museu. Entendendo o consumo como um comunicador simbólico de gostos que irão desvelar hábitos, práticas identitárias e de estilo de vida, nesta dissertação ele não é encarado apenas como uma prática monetária da vida cotidiana, e sim por assumir contornos narrativos, expressando valores e reputações que serão atribuídos aos sujeitos e grupos. Pretende-se, dessa forma, realizar um diálogo entre os conceitos de museu, capital cultural (BOURDIEU, 1989), classes populares, consumo e sites de redes sociais. Como resultados da pesquisa, foi possível observar como o público realiza uma apropriação criativa das exposições, ao se sentirem à vontade para realizar fotos lúdicas no Museu e vivenciar esses espaços como uma atividade de lazer. Ao realizar uma análise que traçasse semelhanças e afastamentos entre indivíduos de camadas médias e de classes populares, foi possível notar como esses últimos fazem interpretações do que viram nas exposições com uma linguagem própria, adaptando o que encontraram nas salas do Museu aos seus códigos de referência. Enquanto os indivíduos de classes médias se preocupavam em transmitir informações ou conhecimento sobre a instituição, os de classes populares privilegiavam, no lugar das legendas e hashtags, uma grande quantidade de fotos que “comunicavam” como havia sido o passeio, em suas publicações nos SRS. Por fim, é possível dizer que as publicações realizadas nos SRS refletem práticas muitas delas já existentes antes mesmo do surgimento da chamada “vida digital”, em que os grupos de classes populares terminam por valorizar as relações entre grupos de pessoas já próximas (como família e amigos) reforçando laços já existentes da vida offline. |