Tessituras narrativas de O Globo e o acontecimento Chacina da Candelária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Brasiliense, Daniele Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21029
Resumo: O gerenciamento do senso comum pela narrativa midiática é o principal tema desta dissertação. O objeto estudado é as narrativas do jornal O Globo sobre o caso que ficou conhecido como chacina da Candelária . Buscou-se entender como O Globo, como um dos mais importantes veículos de comunicação do país, construiu sentidos para este episódio e sobre os sujeitos nele envolvidos, tanto no momento em que a chacina acontece, no ano de 1993, quanto no respectivos anos em que sua memória reaparece no jornal, especialmente no caso do seqüestro do ônibus 174, ocorrido em 2000. Enxergamos, assim, que O Globo configurou o acontecimento chacina da Candelária a partir das referências do senso comum acerca dos mundos da ordem e da desordem. Entendemos que, mesmo vítimas de um crime em que tais valores normativos tenderiam a se inverter, as crianças e os adolescentes que vivem nas ruas que, através do senso comum são vistas como seres poluentes da cidade do Rio de Janeiro, permanecem representadas desta forma na narrativa construída pelo jornal, não só no momento da cobertura do episódio da chacina, mas também nas referências que são feitas em memória dele.