Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Moura, Samara Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/14648
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Resumo: |
Seguindo os pressupostos teóricos da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), mais especificamente no que se refere à abordagem construcional da mudança proposta por Traugott e Trousdale (2013), esta dissertação tem por objetivo geral apresentar os resultados da análise da seguinte estrutura: “[(como) (se) não bastasse]”, empiricamente atestada na sincronia atual do Português Brasileiro. De acordo com essa abordagem, a língua é uma rede de construções organizadas hierarquicamente (TRAUGOTT e TROUSDALE, 2013), cuja unidade básica é a construção, identificada pelo pareamento forma-função (GOLDBERG, 2016). Propõe-se, para tanto, a investigação do objeto em estudo sob o viés da Linguística Funcional Centrada no Uso com o propósito de descrever tanto as propriedades da forma (fonológicas e morfossintáticas) como também as do significado (semânticas, pragmáticas e discursivo-funcionais). Partindo, portanto, desse princípio, analisamos os contextos de uso em que aparece a estrutura formada pelos componentes “[(como) (se) não bastasse]”. Essa análise pauta-se na metodologia qualitativa e quantitativa dos dados, tomando como base um corpus sincrônico, composto pela modalidade escrita do Português Brasileiro (PB), como mostram os dados extraídos da Interface nova do Corpus do Português, disponível em http://www.corpusdoportugues.org/hist-gen/2008/x.asp. Os resultados demonstram que há duas microconstruções formadas pela estrutura em estudo: “[(como) (se) não bastasse + (SN ou Oração Não Finita)]” e “[(como) (se) não bastasse + Ø]”. A microconstrução representada pelo Padrão I vincula porções textuais no nível da sentença, enquanto que, no Padrão II, a microconstrução encapsula o período e, até mesmo, o parágrafo anterior a ela, caracterizando função mais anafórica, por isso a consideramos um conector discursivo. Nos dois padrões, a estrutura “[(como) (se) não bastasse]” é intersubjetiva e materializa, linguisticamente, a noção de adição. Devido ao alto grau intersubjetivo da construção, em ambas as microconstruções, atestamos também as posturas epistêmicas positiva, neutra e negativa |