Investigação da relação entre impulsividade e componentes inibitórios: um estudo comportamental e eletromiográfico
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/10513 http://dx.doi.org/10.22409/PPGMN.2019.m.13513981724 |
Resumo: | O controle inibitório é um componente executivo que viabiliza o comportamento organizado e voltado para metas. Atualmente sabe-se que a inibição não é uma função unitária, e que, na verdade, ela pode ser dividida em processos inibitórios distintos com propriedades específicas. Entre as tarefas frequentemente utilizadas para avaliação da capacidade de inibição estão as tarefas do tipo Stroop e stop-signal. Pesquisas têm investigado quais formas de inibição estão envolvidas em tarefas do tipo Stroop e stop-signal e como essas inibições interagem, porém não existe um consenso sobre o tema. As funções inibitórias possuem também um papel central em transtornos caracterizados por comportamentos impulsivos, como o TDAH. O atual estudo buscou, inicialmente, investigar a interação das variáveis comportamentais obtidas em tarefas Stroop-pareado e stop-signal, ou seja, o tempo de reação (TR) da tarefa Stroop e a latência de inibição da resposta da tarefa stop – tempo de reação do sinal stop (SSRT). Além disso, correlações de Spearman foram feitas entre as medidas comportamentais (TR, SSRT e taxa de erros), escores obtidos em escalas de autorrelato de impulsividade (BIS-11 e UPPS) e de sintomas de TDAH (ASRS). Por fim, também verificamos como medidas eletromiográficas (EMG) variaram de acordo com as tarefas comportamentais. Assim, analisamos como o percentual de atividades mioelétricas bilaterais (obtidas em ambas as mãos - ativações duplas) e subliminares, as quais caracterizam um conflito a nível motor, variaram em função das diferentes condições Stroop-pareado. Os resultados indicaram que o TR, o SSRT e as medidas do EMG diferiram significativamente entre as diferentes condições Stroop, sendo maiores em condições que apresentaram maior nível de conflito. Além disso, o SSRT e ambas as medidas de EMG foram sensíveis à dificuldade da tarefa Stroop. Por fim, as correlações indicaram que, de modo geral, participantes com maiores escores nas escalas apresentaram menores TRs, menores tempos de inibição (SSRT) e um maior número de erros. Esses resultados sugerem que os mecanismos inibitórios envolvidos nas tarefas Stroop-pareado e stop-signal interagem. O achado de processos inibitórios mais rápidos em adultos não-clínicos com maiores pontuações nas escalas de impulsividade dá suporte à chamada “visão funcional da impulsividade”, como proposto por Dickman (1990). Outros estudos são necessários para saber se esses resultados se estenderiam a uma população clínica com impulsividade |