Avaliação hematológica e ocorrência de hepatozoon spp. em um serpentário do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alcantara, Amanda de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34818
Resumo: A hemoparasitose causada por Hepatozoon é a infecção mais comumente identificada em serpentes do Brasil e do mundo. Embora tenha sido relatada a pouca patogenicidade da infecção pelo protozoário, efeitos fisiológicos e a gravidade da infecção por Hepatozoon não estão bem estabelecidos em serpentes, o que torna necessário e importante compreender melhor a diversidade de espécies e a possível influência na saúde de serpentes em cativeiro. Este projeto tem como objetivo identificar a ocorrência de Hepatozoon spp. em serpentes do acervo do Instituto Vital Brazil, utilizando métodos direto (avaliação citológica da distensão sanguínea) e molecular e correlação com os achados clínicos e hematológicos. Um total de 135 serpentes foi contido manualmente para avaliação clínica e punção venosa para coleta de sangue. As amostras foram acondicionadas em tubos com EDTA e processadas em até duas horas manualmente para realização do hemograma. A pesquisa de hemoparasitas foi realizada em distensões sanguíneas coradas com Wright, sendo realizada a extração do DNA dos animais positivos e reação da polimerase em cadeia para o alvo 18S rRNA para Hepatozoon spp. O teste binomial de duas proporções ou teste Exato de Fisher foram utilizados para avaliar a associação entre positividade para Hepatozoon spp. e sexo (macho/fêmea), presença ou ausência de ectoparasitos, procedência (serpentes eram recémintroduzidas no serpentário ou previamente mantidas no cativeiro), tipo de serpente (peçonhenta/não peçonhenta) e alterações morfológicas no hemograma. As variáveis hematológicas foram avaliadas com Teste de Análise de Variância – ANOVA oo Teste de Mann-Whitney, com nível de significância de 95%. Um total de 22 (16,3%) serpentes foi positivo para Hepatozoon spp. na avaliação citológica e molecular: 7 Bothrops jararaca, 5 Boa constrictor, 4 Lachesis muta, 2 Corallus hortulanus, 1 Bothrops jararacussu, 1 Bothrops moojeni, 1 Phylodrias patagoniensis e 1 Spilotes pullatus. Ser recentemente introduzida no cativeiro ou não e se é peçonhenta ou não peçonhenta interferiu na positividade para Hepatozoon spp. diferentemente dos fatores relacionados ao sexo e à presença ou ausência de ectoparasitas. A maioria dos animais positivos não apresentou sinais clínicos. A presença de azurófilos ativados foi a principal alteração hematológica, com diferença estatística entre infectados e não infectados.