Avaliação ultrassonográfica da diástase do reto abdominal subraumbilical no pós parto imediato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Barbosa, Sandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11723
Resumo: linha alba. Por não acometer todas as gestantes, supõe-se haver fatores associados que a propiciem, mas não existem estudos que determinem o percentual de ocorrência de DRA. Avaliar a acurácia do exame clínico para detecção da DRA e relacionar fatores, como idade e paridade, com o grau de afastamento dos músculos retos abdominais e a frequência da DRA supraumbilical foram os objetivos propostos. Este estudo foi realizado na unidade do Alojamento Conjunto (maternidade) do Hospital Universitário Antônio Pedro/UFF, da cidade de Niterói (RJ), abrangendo uma população de puérperas num período de vinte e quatro meses. Cento e seis puérperas responderam a um questionário, de caráter fechado, e, em seguida, se submeteram ao exame clínico de DRA para determinar o afastamento do músculo e posteriormente ao exame de imagem para sua confirmação. A DRA foi medida pelo exame clínico, em quatro níveis da bainha anterior dos retos, na região acima da cicatriz umbilical, em pacientes em decúbito dorsal, membros inferiores fletidos e apoiados no leito, após contração abdominal sustentada. A DRA, nos mesmos níveis, foi também medida usando ultrassom. Para avaliar a concordância entre as variáveis, foi realizado o Teste tstudent, em cada nível de mensuração. Posteriormente, foi feito o teste de Correlação de Pearson para avaliar a correlação entre as medições. De modo a assegurar a afirmação de concordância entre as medidas, foi construído o gráfico de Bland-Altman. Ainda, para confirmação do diagnóstico de DRA dado pelo exame clínico, foi realizado o Teste de Kappa. Para a correlação entre os fatores e a DRA, foram utilizadas duas formas de análise estatística: a regressão logística e a regressão linear. As médias desta população foram: idade de 27,10 anos ±5,97, paridade de 2,21 ±1,39, número de fetos igual a 1, peso no início da gestação de 66,84 Kg ±18,28, IMC de 25,95 Kg/m2 ±6,80 e estatura de 1,61 cm ±0,07. Foram 62,24% de partos cesáreos contra 37,76% de partos transpélvicos. O Teste t-student, para cada nível de mensuração, mostrou semelhanças nas medidas médias realizadas pelos exames, sendo o valor p>0,05. O Teste de Pearson mostrou que a correlação é significativa (p<0,05), sendo todos os coeficientes de Pearson positivos e, ainda, houve correlação moderada (r>0,5) entre as medidas dos níveis de 3 cm, 6 cm e de 9 cm e correlação forte (r>0,75) no de 12 cm. Segundo o teste de Kappa, 65% dos diagnósticos dados pelo exame clínico foram confirmados pela ultrassonografia. As variáveis, com associação significativa com as chances de ocorrência da DRA e com o aumento da distância entre os músculos retos abdominais, foram idade, IMC, flacidez muscular abdominal, alteração da espessura da camada adiposa, via de parto e peso do concepto. Há boa concordância entre as duas formas de exame. O exame clínico pode ser utilizado para diagnosticar a presença da DRA, na ausência da ultrassonografia. O afastamento médio dos bordos da musculatura reto abdominal, encontrado na população estudada, foi superior a 3 cm. Fatores como o aumento da idade cronológica, peso do concepto, camada adiposa aumentada colaboram para incrementar as chances de desenvolvimento da DRA