Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Borges, Anderson de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3285
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Resumo: |
O sedimento e a vegetação de manguezal podem influenciar a qualidade ambiental de áreas afetadas por efluentes urbanos devido à retenção ou incorporação de contaminantes como o fósforo. Considerando a importância dos manguezais, e a dinâmica do fósforo para este ecossistema, este trabalho caracterizou as formas de fósforo em sedimentos de manguezal de Mauá (Baía de Guanabara), usando o fracionamento do fósforo entre formas orgânicas e inorgânicas. Para a realização deste trabalho foram feitas coletas de sete testemunhos de sedimento, localizados: (1) na planície de lama onde não havia presença de manguezal (testemunho PL); (2) em áreas com a vegetação de manguezal degradada provavelmente por cortes (testemunhos MD1 e MD2); (3) onde a vegetação foi morta provavelmente por pragas (testemunho MP); (4) onde o manguezal tem árvores senescentes (testemunho MS); (5) onde a vegetação estava aparentemente saudável (testemunhos MV1 e MV2). Os resultados mostraram que os valores médios do fósforo inorgânico (PI) no sedimento diminuem em direção ao continente. Esta variação pode ser explicada pela incorporação do PI pela vegetação de manguezal que também está preservada neste sentido. Os testemunhos MD1 e MD2 apresentam os valores de PI mais elevados da área. Esse resultado pode ser explicado por estes pontos apresentarem sedimentos de cor marrom, evidenciando serem sedimentos oxidados e estes têm uma forte tendência de seqüestrar o PI. O aumento do PI nos testemunhos PL, MD1, MD2, MP, e MS em direção à superfície dos testemunhos, provavelmente se deve ao aumento do aporte de efluentes urbanos a partir de 1950 (dados de 210Pb), que coincide com o aumento da população urbana do Rio de Janeiro. Os valores médios de fósforo orgânico (PO) e matéria orgânica (MO) aumentam em direção ao continente. Esses dados podem ser explicados pela preservação da floresta nos testemunhos mais próximos do continente. O percentual %PO no testemunho PL é 16% e este testemunho tem forte correlação negativa da MO com o PO. Os testemunhos MD1 e MD2 apresentam %PO igual a 6% e 17%, respectivamente. Estes testemunhos apresentam fraca correlação da MO com o PO. No testemunho MP o %PO é igual a 55% e este testemunho tem fraca correlação da MO com o PO. Estes resultados evidenciam que a MO e o PO têm diferentes origens. No testemunho MS o %PO é 70% e o PO tem forte correlação positiva com a MO. Nos testemunhos MV1 e MV2 o %PO é respectivamente de 90 e 86%. Nestes testemunhos o PO apresenta forte correlação positiva com a MO. A comparação com outros trabalhos na Baía de Guanabara mostrou que o testemunho PL apresenta concentrações de PT próximas das encontradas dentro da área da baía, evidenciando um quadro de contaminação por fósforo neste ambiente. Os resultados evidenciam a importância da vegetação de manguezal para a distribuição e o fracionamento geoquímico do fósforo nos sedimentos estudados. |