Rios urbanos e as relações do/no espaço livre (estudo de caso bacia do Rio Piraquê-Cabuçu, Zona Oste do Rio de Janeiro)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Natália Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/23957
Resumo: As infraestruturas urbanas adotadas no processo de crescimento das cidades brasileiras e de suas periferias, contribuíram como fator de transformação dos rios, através de intervenções em pavimentação e drenagem. Pelo déficit brasileiro em saneamento, principalmente na oferta do tratamento de esgoto, os rios canalizados se tornam receptores de dejetos domésticos e industriais. Transformado em uma estrutura rígida e artificial, a população criou a denominação “valão” para o rio urbano. Essas abordagens dialogam no contexto principal da presente pesquisa. Os problemas colocados se bifurcam em duas questões, que tratam os rios urbanos e as relações “no”/”do” espaço livre. Uma questionando as ações dos agentes públicos e privados e outra buscando compreender a percepção dos moradores sobre os rios urbanos. A metodologia foi construída através de investigações sobre a bacia hidrográfica do Rio Piraquê-Cabuçu, como o estudo de caso. Consistiu, primeiramente, na revisão bibliográfica sobre rios urbanos nos espaços livres e suas problemáticas, assim como expôs os conceitos sobre infraestrutura verde, apresentando os tratamentos executados em rios urbanos pela renaturalização e revitalização. Apresentações e interpretações foram feitas através de levantamento bibliográfico e caracterizações histórico, socioambiental e político do estudo de caso. A análise foi feita na forma de mapeamento em diferentes escalas, utilizando-se do método de unidade de paisagem. A bacia hidrográfica foi dividida em 3 trechos, que serviram de apoio para as interpretações da pesquisa qualitativa. Foram feitas pesquisas de campo e a aplicação de questionários por plataformas como Googledocs e Facebook. Os resultados mostraram, para cada trecho, uma especificidade, de conflitos que são em sua maioria referentes à: habitação; falta de saneamento em grande parte da região e ocupação de áreas protegidas e ambientalmente frágeis. Conclui-se que os rios são invisíveis e negligenciados, tanto para os agentes públicos e privados, como para a população. Todavia, o estudo mostrou, também, as potencialidades que a bacia hidrográfica apresenta para novos estudos, pesquisas e práticas.