Estado, mineração e desenvolvimento: o caso da barragem do fundão em Mariana/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Correia, Henrique Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21486
Resumo: A dissertação consiste em analisar a relação entre o Estado e o setor da mineração brasileira, partindo do estudo de caso do rompimento da barragem do fundão em Mariana (MG – Brasil), no ano de 2015. O caso tomou repercussão mundial devido a magnitude de suas consequências, e se tornou emblemático para as possíveis consequências de projetos de mineração. O tema da exploração de recursos minerais tem suma importância em todo o contexto histórico da América Latina, de forma que é essencial para qualquer lógica de desenvolvimento já implementada na região. Portanto, é a partir da óptica da questão do desenvolvimento discutida no continente que investiga-se as causas e formas que estruturam a relação entre o Estado e as empresas mineradoras. Esse movimento é realizado através de análise de dados estatísticos, relatos/entrevistas (de fontes oficiais/jornalísticas e relatos de pessoas e organizações envolvidas) e mobilização de abordagens teórico-metodológicas. Proponho articular as estratégias para o desenvolvimento adotadas tendo em vista as ações voltadas para a atividade mineradora numa tripla relação, a saber: Estado/setor privado/questões ambientais. A partir da correlação existente entre a problemática do caso brasileiro e as semelhanças de outros casos na América Latina, é possível verificar que há um privilégio dado pelo Estado aos interesses privados. A correlação de tais interesses está inserido dentro de um discurso desenvolvimentista, o qual já assumiu diversas formas ao longo do tempo, porém, jamais se afastaram de um diálogo íntimo com os interesses do setor mineral