Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Antas, Larissa Zanetti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/12606
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Resumo: |
Esta tese busca observar como se constrói a identidade feminina em textos destinados à Dança do Ventre (DV). Para tanto, utiliza como marco teórico o conceito de discurso de Maingueneau (1997; 2008; 2011; 2014; 2015), a noção de gênero discursivo do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2008; VOLÓCHINOV, 2017), bem como teorias que englobam a concepção de identidade e de cultura (HALL, 2012; SILVA, 2012; LARAIA, 2014). Partindo-se do pressuposto de que a dança é uma forma de linguagem, ela irá refletir e refratar (VOLÓSHINOV, 2009) questões históricas, sociais e culturais. Dessa forma, propõe-se uma reflexão sobre como a mulher é caracterizada nesta dança utilizando como córpus seis artigos da coluna “Sagrado Feminino” da revista Shimmie, especializada em DV, bem como livros que abordam a referida dança (LYZ, 1990; BENCARDINI, 2002; ARRUDA, 2011). Empregando a noção de metodologia como processo (BARROS; PASSOS, 2009), nota-se que tanto o não verbal como o verbal auxiliam na formação identitária de mulher/bailarina presente nos textos e, desse modo, busca-se analisar: (a) os elementos icônicos, tais como, as imagens e as cores usadas no córpus; e (b) os elementos verbais ou paratextos (MAINGUENEAU, 2011), especificamente, os títulos, epígrafes e citações. O resultado das análises aponta para o fato de que nesses materiais persiste uma reprodução de enunciados que costumam ser socialmente atribuídos às mulheres, de modo a qualificá-las como invejosas, fofoqueiras, desequilibradas. Ao mesmo tempo, há um convite a se restabelecerem, buscarem sua deusa interior, o que, muitas vezes, é sinônimo de delicadeza, meiguice. Em outros momentos, a feminilidade está somente conectada à ideia de ter uma voz suave, cabelo e pele bonitos. Assim, percebe-se, por meio da noção de interdiscurso (MAINGUENEAU, 2008) que há um diálogo recorrente com a noção de mulher idealizada em nossa sociedade: a mulher bonita, delicada, educada, calma |