Avaliação da dor óssea em crianças e adolescentes com tumores ósseos tratados na oncologia pediátrica do instituto nacional de câncer – INCA - Rio de Janeiro: uma coorte retrospectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Flavio Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11000
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMI.2019.m.00847876780
Resumo: INTRODUÇÃO: A dor ainda é muito prevalente em todas as fases do tratamento e é considerada um problema de saúde pública mundial na população pediátrica. OBJETIVO: Avaliar a dor nos pacientes pediátricos com cânceres ósseos primários matriculados na Oncologia Pediátrica do Instituto Nacional de Câncer (INCA), sua frequência, controle, evolução temporal e drogas utilizadas. PACIENTES E MÉTODOS: Coorte retrospectiva de pacientes pediátricos com cânceres ósseos primários matriculados na Oncologia Pediátrica do INCA, no período entre 01 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2016. Foram incluídos os pacientes com diagnóstico de cânceres ósseos primários, até 19 anos incompletos. Os dados foram coletados dos prontuários e analisados em 4 momentos: matrícula, primeira consulta com o oncologista pediátrico, terceiro mês pós matrícula e na última avaliação anterior à data limite do estudo. RESULTADOS: Foram avaliados 142 pacientes com média de idade de 11,5 anos, sendo 51,4% masculinos, e com seguimento médio de 27,7 meses. Os tipos de cânceres mais encontrados foram: osteossarcoma 99/142 (69,7%) e Sarcoma de Ewing ósseo 43/142 (30,3%). O intervalo entre a matrícula e o início do tratamento antineoplásico foi de 22,5 dias; sendo 72/142 (50,7%) metastáticos ao diagnóstico. A dor estava presente em: 61,3% dos pacientes na matrícula; 45,1% na primeira consulta; 18,3% na avaliação do 3º mês; e 23,9% na última avaliação. A frequência de avaliação foi realizada por escalas validadas para população pediátrica em: 76/142 (53,4%); 100/142 (70,4%), 97/142 (68,3%) e 111/142 (78,2%) respectivamente a cada momento do estudo, com queda no número de pacientes com dor. O osteossarcoma foi o que mais apresentou dor (p-valor: 0.01). A presença de metástase no momento 4 não influenciou quanto à presença de dor (p-valor: 0.23 – OR: 1.69); a presença de progressão da doença foi associada a dor (p-valor: <0.01 – OR: 6.63). A dor foi considerada importante estatisticamente nos pacientes que faleceram (p-valor <0.01 – OR: 15.39). Houve aumento no uso de opioides fortes, anticonvulsivantes e ansiolíticos ao longo do estudo. CONCLUSÃO: A dor foi um sintoma comum em pacientes pediátricos com cânceres ósseos primários, sendo verificada redução da frequência de dor relatada, ao longo dos momentos de avaliação. O uso de escalas para mensurar a dor foi irregular, com percentual considerável de pacientes não avaliados. Nos pacientes em progressão de doença a dor esteve mais evidente. Nos pacientes que evoluíram para óbito, os níveis de dor no momento da última avaliação se encontravam acima dos níveis aceitáveis.