Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Adson Rodrigo Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36166
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Resumo: |
Este trabalho investiga como agentes locais e a sociedade colaboraram com o Santo Ofício, via denúncias, para identificar crimes inquisitoriais no Ceará no século XVIII. Busca-se entender o alcance do tribunal religioso em áreas periféricas, utilizando denúncias para vigiar comportamentos sociais e religiosos esperados pela Igreja Católica. A pesquisa se baseia em denúncias do século XVIII, destacando as experiências e relações dos denunciadores. Além dos processos, utiliza denúncias do caderno do promotor para entender a dinâmica sociocultural e as provisões para perfis de agentes e correspondências, revelando os fluxos de comunicação com Lisboa. No Ceará Grande, o tribunal contou com familiares, comissários, visitas pastorais e uma estrutura eclesiástica com forte presença de vigarias. Bispos eram agentes essenciais na coleta e envio de delações para Lisboa. Os bispados funcionavam como "pequenas Inquisições", controlando brevemente desvios através de "visitas pastorais ou eclesiásticas". O Santo Ofício também utilizava agentes formais e civis, incluindo familiares, espécie de milícia voluntária. Além de análise administrativa, o trabalho examina a vida cotidiana das pequenas comunidades, evidenciando a importância da cultura oral na transmissão e superação de costumes. No contexto das vilas do século XVIII, em território de economia pastoril e agricultura de subsistência, a vigilância inquisitorial questiona como os delitos chegavam aos agentes da Igreja ou Inquisição, refletindo os desejos da população local. O estudo aborda o papel dos agentes coloniais na formação de um novo espaço social e político, distinto da sociedade açucareira, em um ambiente de violência e estratégias de sobrevivência. Analisando o período do século XVIII, coincide com o crescimento econômico das vilas, que trouxe medidas administrativas para regulamentar o controle social, mas também a consolidação das redes eclesiásticas. O estudo investigou a criação de redes de vigilância pela Inquisição e o impacto delas no cotidiano dos habitantes dos sertões, revelando a complexidade das práticas culturais e lutas sociais na capitania do Ceará Grande. |