A multissensorialização como estratégia de mediação na pré-leitura de textos verbais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Ivana Quintão de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10141
Resumo: Esta tese tem como objetivo utilizar a multissensorialização do texto verbal – mais especificamente, o literário – como estratégia de mediação leitora voltada para o Ensino Fundamental II. Acredita-se que, por meio de estímulos olfativos, gustativos, auditivos, tácteis e visuais, o professor-mediador possa ativar, nos alunos-leitores, memórias que fertilizem sua imaginação, levando-os a fazer inferências antes da leitura propriamente dita e, assim, aumentar seus graus de produção de sentidos. A teoria do discurso adotada é a Semiolinguística, postulada por Patrick Charaudeau, no que ela tange, principalmente, aos conceitos de sujeitos do ato de linguagem; de semiotização do mundo e de contrato de comunicação. Além disso, ela propõe a intencionalidade e a influência como funções principais da linguagem. Esse aspecto é importante para que o professor-mediador e o aluno-leitor entendam que os implícitos da linguagem são os responsáveis pela produção dos sentidos, tanto quanto os explícitos linguísticos. Considerando-se, ainda, que a própria Análise do Discurso propõe o não reducionismo disciplinar, outras áreas do conhecimento atuam como aportes para alicerçar a proposta de mediação em leitura com atividades multissensoriais. Por isso, recorreu-se, dentre outros pesquisadores, a Martins (2006), com os níveis sensorial, emocional e racional de leitura; a Cosson (2006), com as propostas metodológicas para o ensino de leitura literária; a Dell’Ísola (1988), com sua pesquisa acerca do processo inferencial; a Feres (2011), com seu estudo sobre leitura, fruição e ensino; a Spinoza (2017), por ser ele o filósofo das afecções entre os corpos e dos afetos gerados por essas afecções. No contrato de leitura na escola, acredita-se que os encontros entre o aluno-leitor e os estímulos sensoriais proporcionados pela multissensorialização do texto literário, podem aumentar o grau de compreensão e de interpretação dos textos