Melite transversa aguda - Perfil clínico, laboratorial e radiológico de uma série de 50 pacientes no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fernandez, Kamilla d'Aveiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35250
Resumo: Introdução: A Mielopatia Inflamatória não-infecciosa, também conhecida como Mielite Transversa Aguda (MTA), é a segunda principal causa de Mielopatia, apresentando diversas causas etiológicas, sendo a principal a Esclerose Múltipla (EM). Objetivos: identificar o perfil clínico-demográfico de pacientes com MTA, suas características e resultados de exames complementares. Metodologia: estudo retrospectivo onde foram selecionados 50 pacientes após apresentarem como primeiro evento desmielinizante MTA, que estão em acompanhamento no ambulatório de Neuroimunologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no período entre Janeiro/2023 e Agosto/2023. Resultados: o perfil clínico-demográfico foi predominantemente sexo feminino (70,0%), etnia branca (40,8%), na quarta década de vida (34,0%), apresentando alteração sensitiva (90,0%) e/ou motora (82,0%). Houve recuperação completa em apenas sete (14,9%) pacientes, sendo que a maioria (64%) apresentou segundo evento, prioritariamente nova mielite (62,5%). Até 25,5% não tiveram assistência médica no primeiro evento, sendo que 28,3% não realizaram tratamento na fase aguda. Daqueles que o fizeram, Metilprednisolona intravenosa foi a terapia de escolha (87,9%). O diagnóstico mais prevalente foi de EM (38%), seguido de Distúrbio do Espectro Neuromielite Óptica (DENMO) (30%) e causa idiopática (22%). A maioria (86,8%) dos pacientes apresentou evidência de inflamação na análise liquórica. Daqueles que testaram os anticorpos, 12 (31,6%) positivaram para Anti-Aquaporina 4 e um (9,1%) para AntiGlicoproteína da mielina do oligodendrócito. A Ressonância Magnética, houve predomínio de lesões cervicais (72,7%), curtas (55,8%), centromedulares (72%), nãocaptantes de Gadolínio (52,6%). Conclusão: a etiologia mais prevalente foi EM, seguida de DENMO e MTA idiopática, sendo que esta última muito menos frequente que estudo prévio realizado há 13 anos atrás, indicando o impacto dos novos critérios diagnósticos das causas etiológicas na avaliação de MTA.