Metodologia de avaliação da política nacional de atendimento às urgências para o estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cardoso, Simone de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9224
Resumo: cenário de envelhecimento populacional evidenciado no Brasil determina que grande parte da morbi-mortalidade se concentre em doenças crônico-degenerativas, que demandam assistência de alta complexidade e custo, assim como a morbi-mortalidade por causas externas (acidentes e violências), outro importante fator de complexidade epidemiológica. O Sistema Único de Saúde concorre para o enfrentamento desse cenário, no qual a definição das prioridades de intervenção em saúde não é uma tarefa trivial. A Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU) foi implementada a partir de 2003 com o propósito de integrar o esforço setorial no combate aos riscos vigentes no cenário epidemiológico nacional. A inovação tecnológica existente na PNAU consiste na estruturação de seu componente pré-hospitalar móvel, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), acoplado a mecanismos de regulação. Esta dissertação teve como objetivo propor uma metodologia de avaliação da PNAU, tendo como caso de estudo o Estado do Rio de Janeiro para o período 2001-2010. Foram avaliados os indicadores de processo e estrutura da PNAU, e sua associação com o tempo médio de internação por Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e Trauma. As fontes de dados foram os Sistemas de Informação em Saúde oficiais, e foram ajustados modelos de regressão hierárquica para cada um dos desfechos, segundo o sexo. Observou-se que a média de permanência por Infarto Agudo do Miocárdio para ambos os sexos associou-se com a taxa de encaminhamento da ESF para internação hospitalar. A média de permanência por Acidente Vascular Cerebral para os ambos os sexos apresentou associação com a implementação do SAMU. A média de permanência hospitalar por Trauma no sexo masculino apresentou correlação com a implementação do SAMU e a taxa de encaminhamento da ESF para as internações hospitalar. Não houve efeitos dos componentes da PNAU sobre a média de permanência por trauma na população feminina. O índice de autocorrelação espacial de Moran revelou dependência espacial entre os municípios do Estado do Rio de Janeiro em relação à média de permanência desses agravos, principalmente na região Metropolitana, onde apresentou internações de longo período. A metodologia proposta neste estudo demonstrou ser viável em termos de aplicação e reprodução em outros cenários geográficos e temporais. Demonstrou-se o potencial de utilização dos sistemas de informação em saúde oficiais do Brasil, acessados através de metodologias quantitativas de processamento e análise de dados