Ato de poupar dos escravos: poupanças de escravos no Rio de Janeiro ao longo do século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Thiago Alvarenga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14387
Resumo: Propomos nessa dissertação analisar o ato de poupar dos escravos cariocas através da análise de algumas instituições financeiras no Rio de Janeiro oitocentista que estenderam seus serviços a esta parcela da população marginalizada economicamente. Neste sentido, pretendemos demonstrar fortes indícios de uma economia autônoma e racional das classes subalternas cariocas, assim como analisaremos disputas judiciais envolvendo legitimidade da posse das cadernetas de poupanças dos escravos frentes às vontades senhoriais antes e após à promulgação da lei do Ventre-livre de 1871. Para tais análises, balizamos o trabalho em três recortes temporais: primeiro, entre o surgimento da primeira evidência empírica trabalhada – A Caixa Econômica do Rio de Janeiro em 1831 até a sua liquidação em 1859; segundo, no momento de crise financeira em 1864, quando quatro das maiores casas bancárias cariocas fecharam faliram, deixando milhares de contas sem ressarcimento, dentre elas, algumas de escravos; e por último, a centralização da poupança popular a partir da criação da Caixa Econômica da Côrte pelo Estado imperial em 1861, no entanto só conseguindo atrair quantidades significativas de capitais após a crise de 1864 e a falências das casas bancárias.