Caffeine consumptions and anxiety disorder: molecular targets and behavioral effects

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Nazareth, Yasmin Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37272
Resumo: A ansiedade é um estado emocional importante para o desempenho humano, mas que em níveis alterados, configura o transtorno de ansiedade. Hoje, esse transtorno atinge mais de 264 milhões de pessoas em todo o mundo, e durante a pandemia o número de casos reportados aumentou. O seu desenvolvimento está atrelado a mudanças neuronais e gliais importantes, que influenciam no funcionamento do eixo HPA, causando desregulação do mesmo e uma resposta exacerbada devido ao excesso de cortisol circulante no corpo. O estresse causado no sistema está relacionado a danos sinápticos e inflamatórios, com reatividade astrocitária e microglial. Isso ocorre pela modulação por adenosina em regiões como hipocampo e amígdala, envolvidas na regulação da resposta ao estresse do eixo HPA. Acontece preferencialmente através dos receptores de maior afinidade pela adenosina, A1 e A2a, que são bem distribuídos no cérebro e estão acoplados a diferentes proteínas G, inibitória e estimulatória respectivamente. A cafeína atua como antagonista desses receptores, o que leva a efeitos conhecidos como vigilância e alerta. Na ansiedade a cafeína ainda não tem um efeito bem estabelecido podendo variar entre ansiogênico e ansiolítico de acordo com a dose. A nível molecular, a cafeína atua também em astrócitos e microglia, a partir de receptores de adenosina presentes nessas células. O perfil pró ou anti-inflamatório das células modulado pela cafeína a partir do bloqueio dos receptores A1 e A2a, assim como a proliferação astroglial. Desta forma, esta primeira parte do trabalho tem como objetivo revisar a literatura sobre a atuação da cafeína e dos receptores A1 e A2a de adenosina no transtorno de ansiedade. Na segunda parte foram realizados testes comportamentais com modelo animal de ansiedade visando compreender o efeito da dose moderada de (0,3 g/l) no transtorno de ansiedade. Para isto, ratos Wistar selecionados pelo comportamento de congelamento foram separados em grupos de alto (CHF-Cariocas de alto congelamento) e baixo (CBC- Cariocas de baixo congelamento) congelamento e tratados com água ou cafeína durante duas semanas. Posteriormente foram submetidos aos testes comportamentais de campo aberto, labirinto em cruz elevado e reconhecimento de objetos a fim de se avaliar o comportamento tipo ansioso e a memória declarativa. Resultados preliminares indicam a cafeína como ansiogênica para animais de alto congelamento no campo aberto, no entanto o teste de labirinto em cruz elevado não indica esse efeito. Na memória declarativa e de habituação a cafeína não exercer feito. De fato, mais estudos são necessários para elucidar o papel da cafeína no comportamento ansioso.