O futebol (não) será televisionado: panorama das transmissões do futebol no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Caio Bruno de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16228
Resumo: A pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM – UFF) apresenta o panorama e os aspectos históricos socioculturais do futebol e os mass medias no Brasil. Observamos inicialmente a introdução do esporte (futebol) no país até sua consolidação enquanto um fenômeno sociocultural e político, além das relações que tangenciaram seu fomento enquanto elemento cultural para a formação de uma identidade nacional. Identificamos uma "complexa teia" de disputas entre os agentes do campo esportivo: empresas, clubes, entidades paraestatais e até o governo, em uma reconfiguração do futebol midiatizado enquanto um programa midiático convergente com a Indústria Cultural. Assim, o programa futebol torna-se uma moeda valiosa para as operações das empresas do ramo de comunicação na convergência com as indústrias culturais. Por isso, apresentamos o contexto historial da modificação do futebol enquanto um elemento relacionado aos bens culturais do país, substituído na contemporaneidade, enquanto “produtos" de bens de consumo. Apontamos essa modificação ao investigar o cenário de “exclusividade dos direitos de transmissões” durante as Copas do Mundo e do Campeonato Brasileiro. Em especial, investigamos a edição do Campeonato Brasileiro de 2019 no qual houve o rompimento do monopólio instituído pelo Grupo Globo desde o final dos anos de 1980. A globalização do futebol influenciado pela economia capitalista somada a ampliação das plataformas de transmissão esportivas estimularam um novo cenário competitivo entre os conglomerados midiáticos na busca pela exclusividade dos direitos de transmissão das competições esportivas. Essa relação apresenta inúmeras consequências, uma delas é: a não transmissão de partidas de futebol no país. Diante do cenário de invisibilidade das partidas transmitidas, analisamos o contexto da estatização das transmissões esportivas do Campeonato Argentino, consolidado após a promulgação da Ley de Medios (2009). Uma breve apreciação do caso argentino possibilita novos horizontes em busca de estratégias democráticas e enraizadas nos princípios dos Direitos Humanos (ONU) na tentativa de diminuir o oligopólio midiático esportivo constituído na América Latina ao longo dos anos, em específico nesta pesquisa, no Brasil.