Avaliação da colonização orofaríngea por estreptococos beta-hemolíticos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/9244 http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPA.2019.M.05888118745 |
Resumo: | Os estreptococos beta-hemolíticos compreendem várias espécies de importância médica. Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A – EGA) é agente etiológico de diversas infecções, incluindo faringite, e requer diagnóstico e tratamento adequados devido ao risco de evolução para processos não supurativos. Outras espécies, como Streptococcus dysgalactiae subsp equisimilis (grupos C e G - SDSE), Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B – EGB) e Streptococcus do grupo anginosus (SGA) estão envolvidas em faringite e outras infecções. EGA e SDSE compartilham fatores de virulência, como a proteína M, considerada o mais importante marcador epidemiológico. Em EGB, a cápsula polissacarídica é um importante fator de virulência e marcador epidemiológico. Penicilina é a droga de escolha para tratamento das infecções estreptocócicas. Macrolídeos e lincosamidas, são alternativas terapêuticas recomendadas, porém o aumento de resistência a estes antimicrobianos tem sido relatado. Este estudo avaliou a ocorrência de colonização e persistência em 121 crianças e 127 adultos jovens (AJ), alunos de instituições localizadas no município de Niterói, no período de setembro de 2015 a fevereiro de 2017, a susceptibilidade aos antimicrobianos e a diversidade genética das amostras isoladas. A secreção orofaríngea foi cultivada e os voluntários colonizados foram submetidos a coletas trimestrais no período de 12 meses, enquanto houvesse persistência. As amostras foram identificadas por testes fenotípicos e sorológicos. Os testes de susceptibilidade a sete antimicrobianos foram realizados por disco-difusão. Foram determinados os fenótipos, genótipos e a concentração inibitória mínima (CIM) por difusão do gradiente do antimicrobiano das amostras resistentes à eritromicina. A tipificação do gene emm, que codifica a proteína M, e a tipificação capsular foram realizadas por PCR, seguida do sequenciamento do gene emm. Foi avaliada a diversidade genética das amostras pela eletroforese em gel em campo pulsado (PFGE) ou reação randômica de DNA polimórfico (RAPD). Inicialmente, foram isoladas 34 amostras: 17 oriundas de crianças (todas EGA) e 17 de AJ [EGA (3), EGB (4), SDSE (8) e SGA (2)]. Na avaliação da persistência, foram isoladas 10 amostras de EGA de crianças em até seis meses após a primeira coleta e 22 amostras de AJ [EGA (2), EGB (2), SDSE (17) e SGA (1)] no decorrer de um ano. Foi observada troca de espécie (EGA/SDSE e SGA/EGB) e de grupo sorológico de SDSE em amostras de dois voluntários ao longo das coletas. As amostras foram susceptíveis a ceftriaxona, levofloxacina, penicilina e vancomicina. Amostras de EGA, EGB e SDSE foram resistentes à tetraciclina. Observou-se resistência à eritromicina em uma amostra de EGA (MLSi, ermA e CIM-Eri 8 g/ml) e seis de SDSE, com os fenótipos e genótipos M/mefA/E e MLSi/ermA e CIM-Eri 8-16 g/ml. Seis tipos emm foram encontrados entre amostras de EGA, sendo emm87.16 e emm89.0 os mais frequentes, detectados apenas entre os voluntários infantis. Entre SDSE, foram encontrados cinco tipos emm com alguns subtipos. Três novos subtipos emm foram identificados neste estudo, incluindo o mais frequente, emm87.16. Três tipos capsulares foram detectados em EGB (Ia, Ib e III). Observa-se correlação na diversidade dos tipos emm e perfis de PFGE, onde seis grupos clonais foram encontrados entre amostras de EGA e dez entre amostras de SDSE. Entre EGB, tem-se quatro ou cinco grupos clonais, considerando a digestão com diferentes enzimas. Ainda que não se tenha determinado a espécie, entre SGA foi observado um único grupo clonal. |