Uso de inibidores da bomba de prótons na progressão da doença renal crônica: um estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Morschel, Carine Franco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12665
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCM.2019.m.01467163023
Resumo: Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) podem induzir nefrite intersticial aguda e diminuir a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), levando à lesão renal aguda e até mesmo à doença renal crônica (DRC). De fato, recentes estudos têm associado o uso de IBPs ao desenvolvimento e progressão da DRC. Para verificar se há correlação entre utilização de IBPs e risco de progressão da DRC, analisamos retrospectivamente os dados sociais, laboratoriais e clínicos de pacientes atendidos no ambulatório de nefrologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP-UFF). Os pacientes com TFGe entre 89 e 15mL/min/1,73m2 foram divididos em dois grupos: usuários e não usuários de IBPs. Os prontuários dos pacientes e todas as consultas realizadas durante janeiro/2017 a abril/2018 foram analisadas, sendo coletados os dados de 183 pacientes, onde 112 utilizavam IBP e 72 não. As características gerais dos pacientes foram semelhantes nos dois grupos. Os usuários de IBPs eram mais obesos, utilizavam mais estatinas e anti-hipertensivos. Os marcadores tradicionais de progressão da DRC foram analisados entre os grupos e não foram encontradas diferenças significativas. Houve tendência na redução em mais de 3mL/min/1,72m2 na TFGe anual no grupo que utilizou IBPs quando comparado aos pacientes que não usavam (p= 0,068). Para a Razão da Albumina/Proteína urinária, valores menores que 0,25 apresentaram razões de chances maiores (OR) para o grupo que utilizou IBPs (2,349, IC 95% -1,201 - 4,595, p 0,013). Apesar de não encontrar associação entre a utilização IBPs e a progressão da DRC, verificamos inclinação para progressão mais rápida da DRC em usuários de IBPs, quando essa foi avaliada pela TFGe anual