Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Viviane Espírito Santo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/29016
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Resumo: |
Este trabalho aborda a problemática dos riscos de desastres naturais envolvendo escorregamentos translacionais rasos tendo em perspectiva os componentes da suscetibilidade dos terrenos em interação com os aspectos da vulnerabilidade social e da capacidade de resposta institucional e comunitária. São apresentadas e discutidas abordagens do risco e seus diferentes paradigmas com o objetivo de analisar a vulnerabilidade socioambiental e a capacidade de resposta institucional e comunitária da população inserida nos limites dos distritos do município de Petrópolis, área que forma parte de uma região marcada por ocorrências cíclicas de deslizamentos vitimando pessoas e provocando danos e perdas materiais e econômicas. O mapeamento da suscetibilidade a deslizamentos é interpretado e as cinco classes analisadas em sua distribuição, redundância ou insignificância, como no caso das variáveis Índice de Posicionamento Topográfico (TPI) e classes geotécnicas de solo. Foi elaborado um quadro descritivo do comportamento e distribuição dos componentes presentes no modelo. O índice de vulnerabilidade socioespacial foi desenvolvido a partir de dados sociais do censo demográfico IBGE 2010, considerando dimensões que expressassem a exposição dos indivíduos, tais como educação, habitação e renda. O emprego da técnica estatística da análise fatorial, combinada com o geoprocessamento, permitiu relacionar e integrar dados considerados diagnósticos e quantitativos, em diversas escalas, possibilitando assim, criar e oferecer novas informações e meios para apresentação das análises do risco. Os índices resultantes da aplicação do método e da utilização das variáveis selecionadas, refletiram as diferenças socioespaciais da área. Os índices de vulnerabilidade e suscetibilidade foram integrados, considerando apenas os espaços efetivamente ocupados, compondo a vulnerabilidade socioambiental. Os resultados indicaram o predomínio de áreas com Baixas Suscetibilidades e Baixas Vulnerabilidades, em quase de 65% da área, embora estas não configurem os espaços mais adensados em termos populacionais. As áreas com Altas Suscetibilidades e Altas Vulnerabilidades Embora representam pouco mais de 4% do total, , apresentam uma elevada densidade demográfica, reveladora da importância de ações que fortaleçam sua capacidade para lidar com eventos extremos. Dados quantitativos foram integrados à informações qualitativas, considerando tanto as políticas públicas implementadas por diferentes esferas de governo, após o desastre de janeiro de 2011, dentro da área piloto, quanto a perspectiva da população a partir de uma sondagem feita através de 50 entrevistas dentro dos quatro grupos de vulnerabilidade socioambiental identificados. As perguntas foram definidas qualitativamente e as respostas apresentaram elementos de valor e coerência com os grupos sociais identificados, indicando uma estabilidade no tempo de residência com mais de 70% dos entrevistados vivendo há mais de 5 anos na mesma localidade mas pouca participação em organizações sociais, denotando baixa capacidade de interferir e participar do desenvolvimento das políticas públicas em seus locais de moradias. Ao mesmo tempo, a maior parte declarou não ter recebido informações sobre a preparação para desastres (68% do total), considerando-se pouco ou muito pouco preparados. Aproximadamente 48% dos entrevistados mostrou disposição para envolver-se em ações e atividades de fortalecimento da resposta, percentual que quase dobra entre os grupos com índices altos de vulnerabilidade e suscetibilidade. |