Construção e validação de tecnologia educativa para o autocuidado de pessoas com estomia intestinal: estudo metodológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Ribeiro, Wanderson Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37686
Resumo: O estudo aborda a construção e validação de uma tecnologia educativa para o autocuidado de pessoas com estomia intestinal. As estomias intestinais são definidas como intervenções cirúrgicas realizadas tanto no cólon quanto no intestino delgado e consistem na exteriorização de um segmento intestinal, através da parede abdominal, criando assim uma abertura artificial para a saída do conteúdo fecal. A adaptação da pessoa com estoma intestinal a sua nova condição de vida é difícil, e vários fatores influenciam seu autocuidado, a adesão e a motivação para o tratamento. Este trabalho tem como objetivo geral desenvolver e validar uma tecnologia educativa para o autocuidado de pessoas com estomias intestinais. Trata-se de estudo metodológico realizado de setembro de 2021 a fevereiro de 2024 nas seguintes etapas: revisão integrativa da literatura, elaboração do conteúdo e design da tecnologia educativa, avaliação do design, conteúdo e validação da tecnologia educativa por 33 juízes enfermeiros expertises em estomaterapia, e 33 pessoas com estomas intestinais, cadastrados na clínica de enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense pelo Parecer número 2.872.449 e pelo CEP do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro pelo Parecer número 5.761.788. Os juízes especialistas avaliaram cada componente utilizando uma escala do tipo Likert, com grau de concordância calculado por meio da média ponderada das respostas, de acordo com a pontuação de cada item da escala. Quanto aos objetivos da tecnologia educativa, todos os juízes validaram os itens, classificando-os como “totalmente adequado” ou “maior parte adequado”, com média ponderada acima de 0,90 em todos os itens avaliados. Com relação à organização, estrutura e apresentação da tecnologia educativa, ela foi considerada validada com percentual acima 60%, em que 23 juízes consideraram como “totalmente adequado” e média ponderada acima de 0,80 em todos os itens avaliados. Nos itens de avaliação da relevância, todos apresentaram percentual acima de 85% “totalmente adequado”, com percentual acima de 80% e média ponderada acima de 0,95 em todos os itens avaliados. Após as sugestões feitas pelos juízes, foi realizada a adequação do material educativo, incorporando as sugestões, a fim de atender às necessidades e expectativas propostas e, assim, serem apresentados ao público-alvo. O estudo contou com 33 pessoas com estomia intestinal que avaliaram os itens: organização, estilo da escrita, aparência e motivação. No que se refere à organização para a compreensão de um material educativo, observou-se, estatisticamente, proporções entre o público-alvo superiores a 80%. Com relação ao estilo da escrita, o material avaliado mostrou-se claro e objetivo com vocabulário simples e amigável ao público-alvo, com concordância superior a 95%. Pertinente às ilustrações, todos os itens foram estatisticamente significativos com 100% de concordância do público-alvo. A motivação da tecnologia educativa teve uma avaliação positiva, e os participantes tiveram 95% de concordância em todos os itens, ressaltando que o material apresenta um tema atual e relevante que desperta o interesse para a leitura e contribui para a aquisição de novos conhecimentos e para a resolução de dúvidas. Conclui-se que a tecnologia educativa pode contribuir para a adesão às práticas de autocuidado de pessoas com estoma intestinal e, também, como apoio para familiares e cuidadores que desempenham e/ou os auxiliam no cuidado diário. Este recurso tecnológico poderá ser utilizado como tecnologia educativa de suporte ao autocuidado de pessoas com estomas. A tecnologia educativa elaborada será disponibilizada no site da Clínica de Enfermagem em Estomaterapia da UERJ para acesso e download, permitindo amplo acesso pelos participantes e profissionais.