Estresse gestacional induz alterações sexo e tecido-específicas na via de sinalização de insulina prole de ratas wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Juliana Mentzinger
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35652
Resumo: O estresse gestacional pode levar a distúrbios cardiometabólicos na prole, por desequilíbrios na via de sinalização da insulina de maneira tecido-específica e, possivelmente, de forma distinta entre os descendentes machos e fêmeas. Objetivos: Determinar o impacto do estresse gestacional nas vias de sinalização da insulina no coração e fígado das proles macho e fêmea de ratas Wistar. Metodologia: Ratas Wistar grávidas foram divididas em dois grupos: grupo controle e grupo estresse variável. O protocolo de estresse variável consistiu na aplicação diária de quatro diferentes tipos de estresse durante a última semana de gestação. Após o nascimento e lactação, os filhotes foram separados em quatro grupos por sexo: controle macho (CM); controle fêmea (CF); estresse macho (EM) e estresse fêmea (EF). Aos 90 dias de idade, foram realizadas análises murinométricas e nutricionais, além de teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e teste de sensibilidade à insulina (TSI). Em seguida, foram eutanasiados por punção cardíaca (n=6/grupo). Tecidos do ventrículo esquerdo e do fígado foram coletados para determinar a expressão de proteínas (Western Blot) da via de sinalização da insulina (IRβ, IRβ-p, IRS1, IRS1-p, PI3K, AKT, AKT-p, GLUT-2 e PTP1B). Foi usada ANOVA two way, com pós-teste de Fisher quando apropriado. Os resultados foram considerados significativos quando p≤0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA 9518170621). Resultados: Aos 90 dias de idade, EM apresentou menor massa corporal em relação a CM (CM 364,9±34,7 EM 334,6±15,2 g, p<0,01). O grupo EM apresentou maior glicemia 60 minutos após a administração de glicose (TOTG, CM 121±2 EM 119±2 mg/dL, p=0,02) e 60 minutos após a administração de insulina quando comparado ao CM (TSI, CM 52±8 EM 75±8 mg/dL, p=0,02. Não foram observadas diferenças nas expressões de IRβ, IRβ-p, IRS1, IRS1-p, PI3K, AKT, AKT-p e PTP1B entre grupos e sexo (p>0,05) no ventrículo esquerdo. No fígado, EM apresentou reduzida ativação do IRβ (IRβ-p/IRβ, CM 1,03±0,08 EM 0,76±0,07, p=0,02) e do IRS1 (IRS1-p/IRS1, CM 1,74±0,20 EM 0,95±0,20, p=0,02), enquanto CM apresentou maior ativação do IRβ em comparação a CF (IRβ-p/IRβ, CF 0,75±0,07, p=0,02). O estresse reduziu a expressão de PTP1B na prole macho (CM 2,01±0,23 EM 1,14±0,23, p=0,01). Conclusão: O estresse pré-natal leva a uma programação metabólica hepato-específica na prole macho, com o desequilíbrio na homeostase glicêmica, o que não foi observado no coração. Não foram observadas alterações na via de sinalização de insulina no coração e fígado da prole fêmea de 90 dias de idade.