Catopês: histórias de lutas e formação de identidade em Montes Claros-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Brito, Angela Ernestina Cardoso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13369
Resumo: O presente trabalho visou analisar o papel dos Catopês, da Igreja do Rosário e da Festa de agosto, no processo de construção de identidade e redes de solidariedade das lideranças do grupo. A Congada – da qual faz parte os Catopês – é uma das mais importantes manifestações da cultura popular brasileira. O ritual é um festejo de devoção a santos católicos, uma mistura de elementos da cultura africana com aspectos da cultura ibérica. Em sua configuração atual, a Congada em Montes Claros se subdivide em seis grupos, sendo três Ternos de Catopês, duas Marujadas e um grupo de Caboclinhos. Com relação aos Catopês, tentaremos mostrar que o envolvimento no grupo serviu como estratégia de sobrevivência dos seus membros, auxiliando-os a lidar com a pobreza e com a discriminação racial que os afeta. A pesquisa examinou documentos históricos conservados em arquivo público e particular, jornais datados dos anos de 1884 a 1999; Atas da Câmara Municipal de Montes Claros de 1961 a 1967 e depoimentos orais colhidos com os lideres do grupo Catopês. Estudou a participação dos lideres na tradicional festa da cidade, que acontece anualmente durante o mês de agosto. O trabalho estruturou-se em três eixos: o primeiro analisou a história da Congada e sua inserção no Brasil via escravidão; o segundo refletiu sobre as particularidades dos Catopês como representantes da Congada e, o terceiro, fez uma contextualização histórica da participação na festa como brincadeira articuladora de estratégias, mobilização, formas de resistência, bem como de preservação das tradições culturais. Elencamos ainda alguns elementos que fazem parte do ritual da festa, elementos estes que simbolizam rituais africanos que foram preservados historicamente. A pesquisa constatou que a participação no grupo auxiliou como estratégia de sobrevivência, ajudando seus integrantes a lidar com as o preconceito, a discriminação e demais dificuldade da vida cotidiana